Nossa motivação.

"Grandes empresas e profissionais compartilham informações, auxiliam-se mutuamente e buscam na sinergia sua força de trabalho. Este espaço destina-se a isso: trocar idéias, tirar dúvidas e fazer "networking". Bem vindos os que tem aço no sangue !"

11/11/2014

Criador dos Brics diz que governo brasileiro se tornou "chinês demais"


Conhecido –e muitas vezes criticado– por suas previsões consideradas excessivamente positivas, o economista britânico , criador do acrônimo Bric, parece ter perdido seu entusiasmo com pelo menos um país: o Brasil.


Em 2012, quando as incertezas sobre a recuperação da economia global eram ainda maiores que as de hoje, o então economista-chefe do banco americano Goldman Sachs escreveu que se mantinha “extremamente otimista em relação ao Brasil” e que o país representava uma “grande esperança”.

Dois anos e meio depois, O’Neill afirma que muita coisa deu errado desde então. E que um dos principais responsáveis pelo baixo crescimento registrado no país é o que define como política intervencionista do governo da presidente Dilma Rousseff.

“O governo brasileiro se tornou chinês demais”, afirmou, em entrevista à Folha em Londres, onde vive. O papel desempenhado pelo BNDES na concessão de empréstimo ao setor privado nos últimos anos, a juros subsidiados, e a atuação do Banco Central que, segundo ele, precisa ser mais independente, são exemplos dessa política, diz o economista.

O’Neill, 57, porém, faz sua mea-culpa. Ele diz que errou ao acreditar que a redução da inflação na década passada iria inaugurar uma “nova era” para o país, em que não somente o consumo aumentaria, mas também os investimentos e a tomada de riscos por parte dos empresários. “Isso não aconteceu.”

Apesar disso, o economista britânico continua confiante no resto de suas previsões.

Além da China, que mesmo crescendo em ritmo mais lento, “produz uma Índia a cada dois anos”, segundo ele, outros emergentes como Nigéria e Indonésia, parte do novo acrônimo “Mint”, deverão puxar a expansão mundial nas próximas décadas.

Os “Mint” foram tema de um programa de TV na emissora britânica BBC apresentado neste ano por O’Neill, que se aposentou do banco americano em 2013. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

***

FolhaHá uma grande discussão sobre o futuro dos mercados emergentes diante de uma menor expansão global e do fim da política estímulos do Fed (banco central americano), que trouxe muita liquidez aos mercados nos últimos anos. Qual a visão do sr. sobre isso?

Jim O’Neill – A natureza dessa questão presume uma estrutura antiga do mundo. Há duas décadas, se a economia mundial estivesse desacelerando e o Fed estivesse apertando sua política monetária, seria uma péssima notícia para os países emergentes. Mas hoje a segunda maior economia do mundo é um país emergente, a China. A China crescendo a 7,5%, o que se considera “mais devagar”, equivale em dólares aos Estados Unidos crescendo a 4%.

A China é maior que Alemanha, França e Itália juntas. A China cria um Reino Unido a cada três anos, e uma Índia a cada dois. Por isso, se o mundo vai diminuir seu crescimento de forma persistente depende, em grande parte, do que a China vai fazer. Deveríamos estar nos preocupando com o que vai acontecer se o banco central chinês apertar a política monetária, e não o Fed. A forma com que a maioria das pessoas ainda pensa sobre essas questões é equivocada. O mundo mudou.

Folha – Qual sua perspectiva para o futuro da economia global?

Acho que a economia americana mostra sinais contínuos embora erráticos de aceleração. No momento acredito que isso deve levar o Fed a aumentar as taxas de juros em 2015, provavelmente no meio do ano, e isso deve trazer consequências adversas para alguns mercados.

Há uma incerteza genuína particularmente em relação à volta dos investimentos. O gasto com investimento tem sido muito fraco ao redor do mundo. Isso inclui, para os padrões chineses, a China, mas também Alemanha e EUA. Isso sugere que os negócios ainda não querem tomar muito risco no longo prazo e isso é um pouco preocupante. Achei que esse ano isso começaria a mudar. Mas até agora, não.

Folha – Em 2012 o sr. escreveu que estava extremamente positivo com o Brasil e que o país tinha um futuro promissor. Dois anos depois, o país deve crescer menos de 1% esse ano, a inflação voltou, os juros subiram. O que aconteceu?

Há uma pequena possibilidade de que nada deu errado e Brasil ainda viva uma grande volatilidade. Se você olhar para o período entre 2001 e 2003, o país tinha um crescimento tão fraco quanto o que está tendo nesta década. As pessoas se esquecem disso. Entre 2005 e 2009 o país teve um forte crescimento, em parte porque sua economia foi seriamente afetada pelo alto preço das commodities. Então, se por alguma razão o preço das commodities começarem a subir muito nos próximos anos, não seria tão surpreendente se o Brasil crescesse muito mais sem que nada efetivamente mudasse.

Porém, apesar do que eu acabei de dizer, eu acho sim que as coisas deram errado. E eu estive errado. Acho que errei porque imaginava que a inflação baixa iria desencadear uma nova era para as classes de renda baixa e média no Brasil, não apenas de maior consumo, mas também de mais investimentos, mais riscos, mais criatividade. E isso não aconteceu. O consumo foi criado por meio de empréstimos, e não apoiado por um crescimento sustentável da renda. Também não foram feitos investimentos suficientes.

Folha – Por que isso ocorreu, na sua opinião?

Um problema real é que o governo brasileiro se tornou muito chinês, ao tentar direcionar demais a economia. O famoso efeito crowding-out (queda do investimento privado diante de uma política fiscal expansionista do Estado) ocorre no Brasil. Uma consequência disso se vê na situação fiscal do país. Se o governo continuar tentando controlar tudo, gastar mais e mais, e não usar o dinheiro de forma eficiente, o déficit nas contas [como o registrado em setembro, o primeiro em nove anos] será o novo normal para o Brasil.

Folha – O intervencionismo é o principal problema?

Acho que Dilma não vem tendo sucesso na economia. Ela pode ter sido muito azarada com o “timing” na economia mundial.

Mas o intervencionismo é uma questão principal.

O papel do BNDES na concessão de empréstimos é algo muito chinês, e é também um grande problema. Junte-se a isso o fato de que ela não fez nada para tornar o Brasil mais competitivo globalmente, fora do negócio de commodities. O que o Brasil tem para oferecer ao mundo, além de matéria-primas? Qual seu diferencial? Não há apoio a um ambiente de tomada de risco, à inovação de alto impacto. Só commodities não é suficiente.

Folha – Que reformas estruturais são mais urgentes?

Um ponto crucial é que vocês têm quase 200 milhões de pessoas. Então, se o país fomentar reformas, permitindo mais dinamismo ao setor privado, apoiando uma maior tomada de risco e estimulando novos negócios, o Brasil ainda pode ser um lugar fantástico. Mas não vejo muitas evidências de que isso vá realmente acontecer.

Folha – E na política macroeconômica, que tipos de ajustes são necessários?

Acho que a presidente precisa tornar o Banco Central mais independente. Um dos problemas é que as decisões não são realmente feitas pelo BC nos últimos anos. A subida de juros que ocorreu dias após a eleição foi um desenvolvimento muito interessante nesse sentido.

Folha – O que a subida dos juros logo após a eleição demonstra, na sua visão?

Foi uma surpresa levemente positiva porque os mercados gostam de ver o que os políticos fazem, não apenas o que eles falam. [A subida de juros] pode demonstrar que Dilma será mais sensível às demandas do mercado, mas ainda é cedo para dizer.

Folha – A inflação acima da meta ameaça a credibilidade do país?

Sim. No que diz respeito ao sistema de meta de inflação, a credibilidade do sistema está definitivamente sob ameaça, e por isso que a alta dos juros é tão importante. Além disso, por causa dessa montanha russa, muitos investidores simplesmente não estão mais interessados no Brasil. De certa forma, isso pode ser bom, pois pode incentivar o governo a fazer as reformas.

Folha – Qual sua avaliação sobre a criação do banco dos Brics?

Foi uma surpresa positiva. Os países do grupo têm conversado sobre isso há dois anos, e muita gente começou a pensar: “eles não conseguem concordar em nada, é tão ruim quanto o FMI ou o G-20″. O fato de que eles finalmente concordaram em algo substancial é um desenvolvimento positivo. O fato de que a sede da instituição será na China foi também interessante, mostrando a importância do “C” no Bric. Vejo também como um sinal de que os chineses veem o Bric como uma forma de “experimento” para um projeto de assumir maior responsabilidade global.

Folha – Qual deve ser o papel do banco dos Brics?

Os Brics já deveriam ter maior peso no FMI e no Banco Mundial, mas não conseguem por causa do Congresso americano. Por outro lado, não concordo que a criação do banco seja uma resposta a sub-representação nessas instituições, porque elas continuam pesadamente envolvidas em programas de empréstimos para esses países. Hoje, diria que o banco tem um papel puramente simbólico.

Folha – Os Brics possuem muitas diferenças entre si, e muitos consideram que, por isso, não deveriam ser considerados um grupo coeso. Como o sr. responde a isso?

É claro que eles possuem grandes diferenças, mas qual grupo político não possui? Tome o G-7, por exemplo. São todos países democráticos, é verdade, mas o que mais há em comum entre os EUA e a Itália? Os Brics têm muitas diferenças entre eles, mas têm também muito em comum em aspectos importantes, como população e tamanho da economia. E nessa análise, excluo a África do Sul, que é um país pequeno com população pequena. Eu particularmente questiono a sensibilidade de incluir a África do Sul no grupo. Acho que foi um erro estratégico.

Folha – A China passa por desaceleração e enfrenta um grande desafio demográfico. Você continua otimista em relação ao país?

Sim. Qualquer um que estudou China nos últimos 20 anos sabe que desafios demográficos começariam a surgir no começo desde década. Portanto, não há surpresa inclusive pra mim. Além disso, o governo chinês está tentando enfrentar a questão, se livrando da política de filho único, por exemplo. Sobre a desaceleração da economia, eu presumi muitos anos atrás que a China iria desacelerar nesta década. Até agora, a desaceleração foi menor do que previa tanto [sua previsão é de expansão média de 7,5% entre 2010 e 2020).

Folha – Qual sua análise sobre a Índia, sob o governo do primeiro ministro Narendra Modi?

Estou muito animado com a Índia sob o governo Modi. Um dos maiores problemas do país é a complexidade de sua democracia. Com a força da vitória de Modi, há uma chance para reduzir a complexidade da democracia da Índia pela primeira vez em 30 anos. É uma mudança grande e positiva, com impactos na economia. Acho que na segunda metade desta década é possível até que a Índia possa crescer mais que a China, em termos percentuais.

Folha – Você criou recentemente um novo acrônimo para um grupo de países, os Mint (México, Indonésia, Nigéria e Turquia). Que características os une e o que os diferencia dos Brics?

De novo, a principal característica que os une é a população. E, em contraste com China e Rússia, os quatro países do MINT têm população jovem, portanto não há um fardo demográfico. A população economicamente ativa nesses países vai crescer muito nos próximos 20 anos, o que é uma diferença importante em relação aos Brics. Além disso, são países com relações comerciais muito diversas. Já a Nigéria é uma exceção, com população muito grande, mas também desafios relacionados à elevada corrupção e à democracia.

Folha – Você afirmou recentemente que não concorda que a desigualdade tenha aumentado nas últimas décadas, argumento defendido pelo economista francês Thomas Piketty. Por quê?

Não sou crítico de Piketty, mas da popularidade dessa visão [sobre aumento da desigualdade]. Acho que existe uma enorme hipocrisia das pessoas do ocidente. O fato é que, em indicadores de pobreza mundialmente aceitos, vimos uma grande queda da desigualdade mundial na ultima década. Em boa parte por causa dos países emergentes. A meta da ONU de reduzir a pobreza à metade em 2015 foi atingida em 2010.

Minha segunda crítica é que é idioticamente simples pegar a diferença entre o cidadão mais bem pago e o menos pago e dizer isso que isso significa que a desigualdade está crescendo.

Por fim, há um subcontexto na discussão que envolve um protesto quanto às pessoas enriquecerem. Não queremos que nossas pessoas fiquem mais ricas? Venho de uma realidade dura em Manchester [cidade no norte da Inglaterra]. E lá as pessoas não reclamam por eu ser rico. Ao contrário, elas gostariam de ter enriquecido também, de uma vida melhor. Acredito na importância da desigualdade de oportunidade, não no debate simplista de desigualdade de renda.

Extraído => Folha de São Paulo  - 11/11/2014

01/10/2014

Após reunião na Fiesp, Mantega anuncia estímulos ao setor industrial.


O governo federal antecipou a entrada em vigor da alíquota de 3% do Reintegra, programa de créditos sobre exportações para empresas de manufaturados, para a partir de outubro deste ano, anunciou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


A alíquota atual do Reintegra, regime que devolve aos exportadores de produtos manufaturados um porcentual da receita com as vendas externas e os compensa por tributos indiretos, é de 0,3%. Inicialmente, a alíquota de 3% deveria valer apenas a partir do começo de 2015.

A antecipação da medida foi anunciada a seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais.

Para Mantega, o Reintegra maior ajudará a dar competitividade à indústria nacional, num momento em que falta mercado para os exportadores.

O ministro disse ainda que a antecipação da alíquota maior do Reintegra não tem efeito sobre as contas públicas neste ano, já que a contabilização das exportações das empresas brasileiras para fins de obtenção do crédito tributário ocorrerá em janeiro de 2015.

O impacto anualizado estimado na arrecadação com o Reintegra de 3% é de R$ 6 bilhões, segundo Mantega. Para o período de outubro a dezembro, seria um quarto disso, ou cerca de R$ 1,5 bilhão, de acordo com o ministro.

Mantega anunciou a antecipação da alíquota maior do Reintegra após reunião com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na capital paulista. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, também participou do encontro.

O ministro da Fazenda disse ainda que foi acertada a criação de duas comissões com representantes do governo federal e do empresariado que afetam a indústria, uma para tratar de questões trabalhistas e outra de tributárias. (Reuters)

Extraído => O Estado de São Paulo  - 01/10/14

15/09/2014

ABB fecha contrato de US$ 103 milhões com a Vale.

A ABB fechou contrato de US$ 103 milhões com a Vale para a instalação de sistemas elétricos e de
automação em uma moderna mina de minério de ferro, em Carajás (PA), como parte de sua expansão de capacidade produtiva. Este pedido dá continuidade ao contrato anterior de US$140 milhões, firmado com a ABB, para fornecimento da primeira fase do projeto S11D, que inclui a instalação de equipamentos elétricos e de automação para a Usina que processa o material extraído da mina, separando o minério de ferro das impurezas.

Com isto, a ABB fornecerá uma subestação de alimentação de 230 kV para conectar a mina à rede elétrica, além de 42 subestações secundárias. A ABB também irá fornecer motores para acionar a correia transportadora da mina. “A Vale está desenvolvendo uma mina sustentável, do futuro, na Amazônia. O S11D representa estar à frente da indústria em 20 ou 30 anos. Para conseguir isso, a ABB desenvolveu soluções altamente personalizadas e com capacidade de implementar com êxito e em uma grande escala.

Estou orgulhoso de que a estreita relação entre a ABB e a Vale, ao longo de mais de 10 anos, resultou neste projeto pioneiro, que estabelece um novo padrão de produtividade, sustentabilidade e segurança,” disse Veli-Matti Reinikkala, responsável global pela divisão de Automação de Processos da ABB. “Neste projeto, a colaboração entre divisões está permitindo uma sólida integração de automação e energia, um importante diferencial para a ABB”. A produção de minério de ferro esperada para o Projeto S11D é de 90 milhões de t/ano.

Marcelo Villela


Extraído => Brasil Mineral - 15/09/14

08/09/2014

Expectativa é que setor naval recomece as contratações nos próximos meses.

Com a saída das últimas plataformas concluídas pela indústria naval no Município, em dezembro do ano passado, muitos trabalhadores acabaram sendo dispensados. Grande parte acabou migrando para outros setores de atividades, tendo em vista a falta de oportunidades em Rio Grande na área.

Com isso, a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), esteve totalmente envolvida e sempre acompanha todas as etapas que a indústria naval passa durante a contratação e a dispensa de trabalhadores. As principais funções do FGTAS/Sine é realizar a intermediação de mão-de-obra, dar apoio ao Programa de Geração de Emprego e Renda e fazer o encaminhamento do seguro-desemprego, além de contribuir com as empresas que pretendem realizar contratação.

De acordo com o Coordenador do FGTAS/Sine, Luis Moura, há cerca de cinco meses, o Sine-RG encaminhava aproximadamente 300 pessoas por dia para o preenchimento de vagas de emprego e com a mudança no cenário do mercado de trabalho no Município, o número de contratações caiu consideravelmente. "Há quatro ou cinco meses atrás, nós encaminhávamos muitas pessoas para as vagas de trabalho, principalmente no setor naval. Encaminhávamos de 250 a 300 pessoas por dia. Diariamente atendíamos cerca de 400 pessoas. Com a queda da produção, o número caiu consideravelmente. Hoje atendemos cerca de 150 pessoas diariamente, sendo que a maioria é encaminhada para o setor do comércio. Dos 150 atendimentos diário, 100 são encaminhamentos de entrevistas", destacou.

Moura explicou que após a saída das plataformas, aqueles trabalhadores, que já haviam fixado residência no Rio Grande e não conseguiram um novo emprego, ainda aguardam pela chegada de novas plataformas. "As pessoas que trabalham nas plataformas, geralmente não têm o perfil do comércio. Grande parte dos que ficaram desempregados estão na expectativa pelo recomeço das contratações, que devem começar em outubro ou novembro. Aqueles que estavam desempregados e nos procuraram, a maioria foi encaminhada para as vagas que tínhamos no setor da construção civil. Só que os empregadores da construção civil preferem contratar trabalhadores da própria área, pois, na maioria das vezes, os funcionários do Polo Naval, não ficam muito tempo, somente até o recomeço das contratações da indústria oceânica", ponderou.

Qualificação e vagas

O Coordenador do Sine-RG comentou que muitos trabalhadores qualificaram-se com os cursos do Pronatec, sendo que uma parte foi por meio do encaminhamento obrigatório em função do seguro-desemprego. "Nós qualificamos muita gente de fora. Quando abriram as vagas do Pronatec muitos nos procuraram. Em torno de 20 mil trabalhadores foram formados em Rio Grande pelo Pronatec. Alguns dos que fizeram os cursos foram encaminhados de forma obrigatória para poder ter o direito ao seguro-desemprego", enfatizou.

Sobre as vagas disponíveis atualmente no Sine, Moura disse que elas são atualizadas diariamente e que os trabalhadores devem procurar o órgão diariamente. "As empresas determinam alguns pré-requisitos ou perfil. Quando as vagas surgem, não temos dificuldade de reposição. Geralmente preenchemos no dia mesmo, por isso as vagas são atualizadas diariamente. Todos os dias as vagas são renovadas. Além de vir aqui no Sine, os trabalhadores podem acompanhar as vagas através do site da FGTAS que é atualizado todos os dias", apontou.

Por fim, Luis Moura observou que as empresas interessadas no recrutamento de trabalhadores podem procurar o Sine. "Todas as empresas interessadas em recrutar podem procurar o Sine. Nós disponibilizamos salas e equipes para fazer o recrutamento. Além disso, colocamos todo o aparato, como internet e telefone, à disposição para que a empresa possa realizar os procedimentos necessários", concluiu.

As empresas interessadas podem entrar em contato com o Sine pelo e-mailvagasriogrande@fgtas.rs.gov.br ou pelos telefones 3232.1909 e 3232.6372. O Sine está localizado na rua Marechal Floriano, nº 248 e atende das 8h às 15h30min.

Extraído =>  Jornal Agora - 08/09/14

02/09/2014

Ferrous estuda expansão de complexo em Congonhas.

A Ferrous Resources do Brasil anunciou a contratação de um consórcio formado pelas empresas Arcadis-Logos e Ausenco para a revisão da engenharia básica e dos estudos de viabilidade para a expansão da mina de minério de ferro Viga, em Congonhas (Campo das Vertentes). A expectativa, segundo a mineradora é que os trabalhos sejam concluídos até fevereiro do ano que vem.
  Em nota, a Ferrous informou que medida foi tomada porque foram identificadas oportunidades de melhorias no projeto. Os trabalhos visam à expansão de sua produção e o crescimento da empresa de forma gradativa e independente.
  A Ferrous mantém plano de investimentos de aproximadamente US$ 1,3 bilhão na expansão de Viga. Com os aportes, a mineradora pretende passar de uma capacidade de 5 milhões de toneladas anuais para 15 milhões de toneladas por ano até 2017 na mina de Congonhas (Projeto Viga 15 Mtpa).
  As obras de expansão da mina começaram em julho e estão previstas para serem finalizadas em dezembro de 2017. Além do investimento bilionário, serão gerados cerca de 3,5 mil empregos durante a implantação e outros 2,5 mil na operação.
  Conforme a Ferrous, as principais estruturas do projeto são britagens primária, secundária e terciária, peneiramentos, moagem, ciclonagem, flotação, espessamento, mineroduto, filtragem, rejeitoduto, barragem de rejeito. Estão previstos ainda pátio de estocagem e carregamento ferroviário, captação de água nova e recirculada, linha de transmissão de energia elétrica, subestações principal e secundárias e novas instalações de apoio industrial e administrativas.
  Neste ano, a mineradora estima produção de 5,8 milhões de toneladas em suas jazidas. O resultado representa aumento de 13,2% na comparação com 2013, quando foram produzidas 5,13 milhões de toneladas de minério.
  Além do Viga 15, a Ferrous também está trabalhando em outro projeto: o Viga 4 Mtpa. Conforme a mineradora, ele contribuirá para aumentar a vida útil das atuais instalações e elevar o teor de ferro do concentrado final dos atuais 60,5% para 63%, agregando valor ao produto e tornando-o mais competitivo no mercado.
  Baragem – A Ferrous também informou que contratou a empresa Aterpa para execução dos serviços de construção da barragem de rejeitos, que atenderá o projeto Viga 4 e futuramente o projeto Viga 15. Os valores dos contratos não foram divulgados.
  As obras do projeto Viga 4 começaram em março e devem ser concluídas até dezembro de 2015. Com investimento de US$ 76 milhões, as novas estruturas incluem rejeitoduto, espessamento, moagem e flotação. A companhia informou ainda que cerca de 750 empregos diretos serão gerados durante a operação.
  Além da mina Viga, a Ferrous detém as jazidas Esperança, em Brumadinho (RMBH), e a Santanense, em Itatiaiuçu (RMBH). No ano passado, a mina de Viga, que tem vida útil estimada em 15 anos, produziu 3,4 milhões de toneladas, enquanto a mina de Esperança produziu 1,73 milhão de toneladas no ano.

Extraído => Diário do Comércio - 02/09/14

01/09/2014

Minas Gerais dá benefícios de ICMS ao setor.

A Regulação do ICMS de Minas Gerais (RICMS) foi alterada pelo Decreto nº45.586, publicado em 21 de agosto de 2014, para permitir que os créditos acumulados de ICMS, de qualquer origem, por estabelecimento extrator de minério, também possam ser transferidos para estabelecimento industrial fabricante situado no Estado, a título de pagamento pela aquisição de máquinas e equipamentos novos, destinados ao ativo imobilizado.
 O Decreto inclui ainda no RICMS previsão de regime especial destinado ao setor de rochas ornamentais, garantindo a possibilidade de estorno de débitos na saída de chapas, pisos, revestimentos, bancadas, pias e mesas com o objetivo de redução da alíquota efetiva no imposto nos seguintes percentuais: 7% nas saídas de chapas polidas, escovadas, jateadas, apicotadas e flameadas; 5% nas saídas de pisos e revestimentos e 3% nas saídas de pias, bancadas e mesas.

Os percentuais serão aplicados sobre o valor da operação, não considerando qualquer base de cálculo prevista em legislação estadual, mesmo que a mercadoria tenha sido beneficiada em estabelecimentos de terceiros, localizados em Minas Gerais. A opção pelo benefício ao setor de rochas ornamentais deve ser feita no livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência (RUDFTO) e mediante comunicação à Administração fazendária (AF) a que o contribuinte estiver circunscrito. 
Marcelo Villela 

Extraído => Brasil Mineral  - 01/09/14

28/08/2014

Gráfico: Importação de Aços Planos.




  • Nos aços Planos inclui: CG, LQ, LF, CZ, Pré-Pintados, Galvalume e Eletro Galvanizadas


Extraído => INDA - 27/08/14

22/08/2014

Pré-sal garantirá demanda à indústria naval brasileira nos próximos 25 anos.

Revitalizada ao longo dos últimos 14 anos, com investimentos decisivos feitos pela Petrobras, a indústria naval brasileira deve manter o ritmo de crescimento.

As encomendas previstas para a exploração de áreas do pré-sal garantem demanda para o setor pelos próximos 25 anos. A constatação faz parte do estudo “Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil (2000-2013), elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado na última semana.

Segundo o estudo, o segmento de petróleo e gás offshore continuará sendo o grande demandante de embarcações nas próximas três décadas.

Com base na perspectiva de encomendas de plataformas e embarcações de apoio para áreas do pré-sal, como o Campo de Libra, o estudo calcula uma demanda de pelo menos 544 embarcações a serem produzidas. O montante de recursos estimados é da ordem de R$ 227 bilhões.

Setor forte nas décadas de 60 e 70, a indústria naval brasileira enfrentou uma severa crise nos anos 80 e 90, e quase foi extinta.

Esse quadro começou a ser revertido a partir do ano 2000, quando investimentos feitos pela Petrobras deram início à retomada da indústria naval.

Ao longo dos últimos 14 anos o setor apresentou crescimento anual de 19,5%, com investimentos de R$150 bilhões.

O número de empregados saltou de 1.900 para 71 mil. 

Segundo o Ipea, foram fundamentais no processo de revitalização o Programa de Renovação e Expansão da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam), o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da subsidiária Transpetro, além das encomendas de plataformas de produção e sondas de perfuração.


Extraído => Agência Petrobras de Notícias - 22/08/14

21/08/2014

Indústria naval brasileira cresce 19,5% ano ano.

Desde 2000, a indústria naval apresenta crescimento de 19,5% ao ano. O dado faz parte do estudo
“Ressurgimento da Indústria Naval no Brasil (2000-2013)”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e apresentado esta semana na Marintec South America – 11ª Navalshore, no Rio de Janeiro. O evento é considerado o principal encontro da indústria naval e offshore da América Latina.

O estudo do Ipea aponta que o ritmo de crescimento verificado e o volume de investimentos na indústria naval – cerca de R$150 bilhões no período de 13 anos – já consolidaram o setor. Dentre os investimentos destacados estão os realizados por três programas coordenados pela Petrobras: o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o Programa de Renovação e Expansão da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam) e o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), da subsidiária Transpetro.

Um histórico da indústria naval brasileira apresentado pelo estudo mostra o rápido crescimento da força de trabalho empregada. Após o apogeu na década de 1970, o setor entrou em declínio nos anos 80, e quase se extinguiu no início do ano 2000, quando chegou a empregar apenas 1.900 pessoas. Segundo o estudo, em março de 2013, a indústria naval empregava 71 mil trabalhadores.

Outro aspecto revelado pelo Ipea é o posicionamento da indústria naval brasileira no cenário mundial. Em três nichos do setor, o Brasil já se destaca globalmente: construção de embarcações de apoio, plataformas offshore e navios sonda.


Extraído => Economia SC - 21/08/14

20/08/2014

Construção civil espera crescer de zero a 1% em 2014.

A indústria da construção civil reduziu a previsão de crescimento do setor em 2014 de 2,5% para “algo entre zero e 1%”. A estimativa é da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que afirma não ser possível fazer projeções para 2015, devido a incertezas em relação aos negócios relacionados a programas do governo federal.
 
Em relação a crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a previsão é um desempenho próximo ao do setor neste ano.
 
Também nesta terça (19), o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga Andrade, afirmou que o segundo trimestre deste ano foi um fracasso para a indústria e que 2014 está perdido para o setor. Ele estimou que o setor deverá ter um crescimento de não mais que 0,8% neste ano e de 1,5% a 2% em 2015.
 
Na segunda-feira (18), o mercado reduziu pela 12ª semana ininterrupta a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. A nova estimativa dos analistas é de 0,79%, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado ontem.
 
Uma das questões pendentes no setor de construção para o próximo ano é o programa habitacional do governo federal. O presidente da entidade, José Carlos Martins, já pediu a prorrogação do Minha Casa Minha Vida fase 2, cujo prazo de contratação acaba em dezembro, para junho de 2015.
 
Também negocia um aumento no número de imóveis a serem construídos nessa etapa, hoje em 2,75 milhões. Segundo Martins, o objetivo é evitar descontinuidade nas obras, como aconteceu na transição entre as fases 1 e 2 do programa, em 2011. A intenção de promover uma fase 3 já foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda não tem data para sair do papel.
 
Concessões de infraestrutura

Há dúvidas também em relação ao futuro das concessões na área de infraestrutura. “Não fizemos um cenário para 2015 por causa dessas incertezas”, afirmou Martins.
 
O atraso neste programa é um dos motivos que levaram o setor a rever para baixo o crescimento de 2014. Também pesaram a redução de obras nos setores mais afetados pela desaceleração econômica, como a indústria.
 
Em relação ao nível de emprego, que mostrou retração nos dados mais recentes, a previsão é terminar 2014 com o mesmo número de trabalhadores.
 
A entidade apresentou nesta terça o documento “Brasil mais eficiente, um país mais justo”, com propostas que serão entregues aos presidenciáveis, para melhorar a eficiência do setor e aumentar investimentos em obras de infraestrutura.
 
Também foi divulgado estudo sobre o custo da burocracia no imóvel, estimado em até 12% do valor final dos bens financiados com recursos subsidiados do FGTS e da poupança.
 
Os principais problemas, segundo a CBIC, são atrasos na aprovação de projetos por prefeituras, falta de padronização dos cartórios, falta de clareza na avaliação de licenças ambientais e mudanças na legislação que atingem obras já iniciadas (como alterações de planos diretores e de zoneamento).
 
De acordo com o estudo, a melhora nesses processos reduziria o prazo médio de entrega de imóveis de 60 para 32 meses.


Extraído => Folhapress - 20/08/14

19/08/2014

ThyssenKrupp está otimista com o Brasil.

O grupo alemão ThyssenKrupp acredita numa retomada do crescimento econômico brasileiro e que a
demanda pelo aço que a empresa produz vai crescer, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo Heinrich Hiesinger.

Como não conseguiu vender sua usina siderúrgica CSA, a empresa tem intensificado esforços para resolver problemas e impulsionar a rentabilidade, disse Hiesinger a jornalistas.

“Meu compromisso original era tornar a CSA rentável no ano fiscal 2014/15”, disse, destacando a forte expansão potencial dos Estados Unidos. “Eu acho que em um ano chegaremos lá.” Ele afirmou que a empresa ainda planeja vender CSA no médio ou longo prazo, embora isso não esteja atualmente em negociação.

Na semana passada, a ThyssenKrupp elevou a perspectiva para o exercício financeiro que termina em setembro, para ponto de equilíbrio ou leve lucro líquido, impulsionado por um lucro trimestral inesperado da CSA.

Diante da fraca demanda global por aço, a ThyssenKrupp disse que vai concentrar esforços de vendas do CSA no mercado local, onde espera se diferenciar através de lajes de maior qualidade do que a maioria dos produtores locais pode fornecer.

“Para mercados específicas eu acho que há interesse no mercado”, disse Hiesinger, embora tenha se recusado a fornecer projeções de vendas. A economia brasileira tem desacelerado de forma acentuada e deve crescer apenas 0,79% este ano e 1,2% em 2015, segundo pesquisa do Banco Central com analistas nesta segunda-feira.

“Não tenho dúvida que vamos superar um ou dois anos mais difíceis, porque acredito fortemente nos fundamentos no Brasil”, disse Hiesinger, apontando para a abundância de recursos naturais do país e as tendências demográficas favoráveis.

Ainda assim, ele disse esperar que o Brasil faça reformas para melhorar as condições de negócios, incluindo a racionalização seu processo fiscal.

Lucro operacional

A ThyssenKrupp pretende dobrar seu lucro operacional nos próximos anos em relação à sua meta de cerca de 1,2 bilhão de euros para o atual ano fiscal, que vai até o fim de setembro, disse o jornal de negócios Handelsblatt nesta segunda-feira, citando fontes próximas da companhia.

A meta para o ano atual já representa o dobro dos 586 milhões de euros de lucro ajustado antes de juros e impostos que a ThyssenKrupp divulgou para 2012/2013.

O grupo alemão vê a necessidade de uma nova melhora no lucro operacional para que tenha a força financeira para voltar a pagar dividendos e fazer aquisições, disse o Handelsblatt.

Hiesinger, pediu que diretores aumentem os esforços para melhorar o negócio, e o conselho espera atingir mais economia de custos ao reforçar a ligação entre diferentes áreas de negócios, acrescentou o jornal.

A ThyssenKrupp se recusou a comentar.

Extraído => Monitor Mercantil - 19/08/14

18/08/2014

Ministro defende ação para modernizar setor siderúrgico no Brasil.

 O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, defendeu ontem a adoção de um programa de modernização do parque fabril para ajudar o setor siderúrgico a enfrentar o excedente da oferta de aço no mercado mundial. Além disso, observou que a construção de moradias, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, as obras de infraestrutura e os estímulos fiscais para a renovação da frota de veículos levam, necessariamente, a um aumento no consumo desse produto. 

Uma das ações que o ministro avalia como fundamental para melhorar a competitividade do setor siderúrgico é a renovação dos maquinários das empresas, que estão com idade média em torno dos 17 anos, enquanto em companhias asiáticas essa troca ocorre a cada sete ou oito anos. Ele cita ainda investimentos em rodovias, ferrovias e sistema aeroportuário por meio de concessões entre outras áreas do setor público que estão com projetos de ampliar os gastos em logística. 

Ao participar da abertura da 25ª edição do Congresso Brasileiro do Aço, o ministro ouviu queixas sobre o custo de produção como, por exemplo, a carga tributária e a concorrência desleal no mercado internacional. 

Mauro Borges reconheceu a necessidade de reformas estruturais para baratear o custo do produto e informou que o governo está atento a questões de defesa comercial, citando as sete medidas antidumping que já tomou e outros quatro casos que estão sendo investigados. 

Sobre às previsões pessimistas em torno da queda gradual que vem ocorrendo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o ministro observou que, embora os resultados tenham piorado de 2010 para cá, a economia brasileira cresce acima da média mundial, mesmo em um cenário de recessão na economia mundial pelo sétimo ano seguido. 'O Brasil está atingindo o fundo do poço, mas vai superar essa fase com recuperação das atividades, em 2015', projetou. 

O ministro, após ouvir críticas do setor em relação ao governo, reconheceu que a economia brasileira tem sofrido forte impacto das dificuldades do cenário internacional. 

De acordo com ele, a situação atual só não é pior do que a crise econômica mundial de 1929, que ficou conhecida como Grande Depressão. 

'Ao contrário da maioria dos países desenvolvidos e dos emergentes, não vivemos processo recessivo que desorganiza o processo produtivo, ao contrário de outras crises', afirmou Borges na 25ª edição do Congresso Brasileiro do Aço. 

O ministro ponderou ainda que só agora, no sétimo ano de recessão, é que o Brasil vem sendo atingido 'mais fortemente' pela crise de 2008.


Extraído => DCI - 13/08/14

14/08/2014

CSN ainda estuda unidade em Minas.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ainda estuda implantar uma usina em Minas Gerais, conforme o
presidente do conglomerado, Benjamin Steinbruch. Porém, a unidade deverá produzir somente aços longos. 'Não desistimos ainda, existe uma possibilidade', afirmou ontem o empresário, durante o 25º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo, ao ser perguntado sobre a desistência da empresa em construir uma planta em Congonhas (Campo das Vertentes).

Desde 2007, a empresa mantém no papel o projeto, que deve consumir investimentos estimados, na ocasião, em R$ 6,2 bilhões. Caso a CSN leve adiante a construção da usina, os valores poderão mudar. Conforme Steinbruch, a discussão atual é sobre a implantação - ou não - de uma usina de longos. Inicialmente, o projeto compreendia também a produção de placas e chapas grossas. A capacidade instalada seria de 4,5 milhões de toneladas/ano de aço bruto, com a geração de 5 mil empregos. 

Porém, mesmo que a companhia afirme não ter desistido do empreendimento, a Câmara Municipal de Congonhas aprovou, em maio último, projeto de lei que retorna a área onde seria construída a usina à condição de zona rural, o que pode inviabilizar sua implantação. 

Em 2007, o terreno foi considerado área de utilidade pública para implantação de um complexo minero-siderúrgico de aproximadamente 30 quilômetros quadrados. No entanto, o prazo dado à CSN para o início das obras venceu em dezembro de 2012. E como existem cerca de 450 famílias morando no local, que seriam retiradas caso o complexo fosse levado adiante, a prefeitura promoveu a alteração. 

Aperam - Já a Aperam South America (antiga Acesita) investirá US$ 17 milhões em sua planta de Timóteo (Vale do Aço), conforme o diretor Comercial da companhia, Frederico Ayres Lima. Os aportes serão feitos na implantação de uma nova linha de aços elétricos. De acordo com o executivo, a empresa passará a produzir o HGO, que compreende o aço elétrico grão superorientado. Atualmente, a siderúrgica produz somente o grão orientado (GO). 

Além de agregar valor à produção da Aperam, a nova tecnologia permitirá uma redução nos custos produtivos da usina. Entre as aplicações deste tipo de aço está a fabricação de núcleos de transformadores e motores elétricos e reatores. Apesar disso, o diretor explicou que o projeto não visa à ampliação da capacidade instalada da planta. Atualmente, a usina de Timóteo pode produzir 60 mil toneladas anuais. O projeto foi aprovado em 31 de julho pelo Conselho de Administração da Aperam. Conforme Ayres Lima, em um mês o cronograma de implantação deverá ser definido. 

Durante o congresso do IABr, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG) afirmou que a Aperam desistiu de realizar investimentos na expansão da planta do Vale do Aço devido à concorrência desleal com os importados, e disse que a empresa aguarda há três anos a conclusão de um processo antidumping. O diretor da companhia, no entanto, negou que a decisão de postergar algum projeto de expansão tenha ligação com a invasão dos importados e ressaltou que a decisão de investir em expansão depende do mercado.
Rafael Tomaz 

Extraído => Diário do Comércio - 13/08/14

11/08/2014

Perdemos a capacidade de planejar o país, diz ministro.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, disse, nesta quinta-
feira, 07, que o País perdeu, ao longo das últimas décadas, a capacidade de planejar seu crescimento e seus investimentos, sobretudo na área de infraestrutura. Em decorrência, hoje a indústria brasileira vive um período de 'hiato de produtividade' e sofre com um déficit de estoque de capital fixo. Borges participou da abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB).

Segundo ele, é um 'consenso' na agenda brasileira o 'hiato' em relação à produtividade no nível de desenvolvimento industrial. 'Como enfrentar esse grande hiato de produtividade é o que considero o grande desafio, que perpassa comércio exterior, indústria brasileira, o conjunto de infraestrutura', destacou. 

'O País tem dois grandes déficits estruturais que se acumularam desde a segunda fase da industrialização, nos anos 70; o déficit de capital humano e o déficit de capital fixo', reforçou. 

Segundo o ministro, o baixo estoque de capital fixo brasileiro passa pelo envelhecimento do parque fabril no País, hoje com média de 17 anos de uso. Para Borges, os países que hoje competem com o Brasil têm média de idade do parque fabril entre 7 e 8 anos. Além disso, o ministro destacou o 'baixo nível de escolaridade e qualidade da educação, aquém da dimensão da economia brasileira'. 

'Esses dois estoques são na verdade elementos centrais para entender a baixa produtividade brasileira, que hoje é apenas 20% da produtividade dos Estados Unidos', afirmou Borges. 'Este não é um problema do governo, é um problema do Estado brasileiro'. 

Borges ressaltou ainda que o déficit de capital fixo é mais visível na área de infraestrutura. 'Perdemos a capacidade de planejar o País, de fazer projetos de qualidade, projetos macro de infraestrutura', avalia o ministro. Para ele, o governo está dando velocidade na retomada dos grandes investimentos. 'Mas é um processo de maturação que alcançará plenitude em três anos, não é de um dia para o outro'.


Extraído => O Estado de São Paulo - 11/08/14

07/08/2014

Em 2015, portos brasileiros esgotarão potencial.


 Responsável por 90% das exportações brasileiras, o setor portuário está com problemas operacionais e administrativos que comprometem seriamente a qualidade do serviço prestado. A falta de acessos às rodovias e às ferrovias vem causando um alto custo de movimentação de contêineres – o mais alto do mundo, U$S 200 por unidade. Sem investimentos, a capacidade dos portos brasileiros será esgotada em 2015.

O primeiro alerta sobre a má condição do setor foi dado em 2009, quando o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou um ranking a partir da análise da qualidade do setor portuário de 134 países. O Brasil ficou em 123° lugar. Na época, o estudo apontou a necessidade de realizar 265 obras de infraestrutura para reverter o quadro, a um custo estimado de R$ 43 bilhões.

Entre 2003 e 2013, no entanto, os portos gastaram apenas 47% dos recursos previstos. “Nesse período, também o governo autorizou investimentos públicos totalizando R$ 19,46 bilhões, mas apenas R$ 9, 29 bilhões foram usados”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) Wilen Manteli. “Entraves burocráticos impediram que o dinheiro fosse aplicado em melhorias. Há um excesso de órgãos, que não trabalham no mesmo sentido e com o mesmo objetivo. Isso gera atrasos.” 

Há também dificuldade de acesso aos portos. O porto de Santos, por exemplo, transporta 13% da carga por trens, que atingem velocidade média de 23 km/h. Os vagões americanos de carga circulam a 80 km/h. Santos tem o maior porto da América Latina. Em 2013, movimentou 114 milhões de toneladas, a maior parte (87%) transportada por rodovias, que não comportam o volume dos caminhões. 

No ano passado, quando o Brasil teve safra recorde de grãos, o sistema Anchieta-Imigrantes, a principal via de ligação ao litoral paulista, parou com um congestionamento de 20 quilômetros. O porto ficou com fila de espera média de uma semana para os navios atracarem – um caos. 

“Há necessidade de aumentar a infraestrutura rodoviária e ferroviária de acesso aos portos”, diz Renato Fares Khalil, professor da Unisantos. “Mas não adianta melhorar o acesso terrestre se não houver lugar nos portos.” Greves e demora no desembaraço de mercadorias também atrapalham. 

No ano passado, o complexo portuário movimentou 931 milhões de toneladas de carga bruta, 2,9% a mais que no ano anterior. Entre 2010 e 2011, a alta havia sido de 6,25%. Os números evidenciam queda na movimentação. De acordo com projeção feita pela Secretaria Especial de Portos, o déficit pode alcançar 487 milhões de toneladas até 2030.

Extraído => O Estado de São Paulo - 07/08/14

Minério garante boas margens para siderúrgicas.

O patamar de preço mais baixo do minério de ferro pesou nos resultados das siderúrgicas brasileiras no
segundo trimestre. De abril a junho deste ano, a cotação média da matéria-prima do aço foi 18% menor do que nos mesmos meses de 2013, o que derrubou as receitas das empresas com a mineração.

Quando o preço do minério está alto, é difícil não justificar o investimento na produção interna da matéria-prima. Mas quando o preço cai, ganham mais força os questionamentos sobre as vantagens da verticalização. No segundo trimestre deste ano, nota-se que, mesmo com um nível de preços muito inferior, a mineração continua ajudando a elevar as margens consolidadas das siderúrgicas.

Usiminas e Gerdau, que divulgaram seus resultados nas últimas semanas, têm capacidades de produção de 12 milhões e de 11,5 milhões de toneladas anuais, respectivamente. Mais do que para o consumo próprio, produzem para terceiros e têm planos de continuar a aumentar suas operações de mineração. 

De abril a junho, a Usiminas vendeu 1,5 milhão de toneladas de minério, 17% menos do que no mesmo período do ano passado, justamente porque a queda do preço desfavoreceu as exportações. Em seu balanço, a empresa disse que a receita líquida do negócio de mineração caiu 41%, para R$ 203 milhões, por causa da redução de 66% do valor das exportações com o recuo do preço da commodity no mercado internacional - de 15% no seu caso - e por causa da variação cambial de 6%. 

Ainda assim, a companhia teve margem Ebitda de 33% com o negócio de mineração no trimestre. Muito abaixo da margem do mesmo período de 2013, de 51%, mas bem acima da margem do negócio de siderurgia, de 16%. Com isso, teve uma margem consolidada de 21%. 

No terceiro trimestre deste ano, a história deverá se repetir. Até sexta-feira, o preço médio do minério de ferro no mercado à vista da China estava em US$ 96 por tonelada, considerando o comportamento dos valores desde o início de julho. Caso fique neste patamar até o fim de setembro, o preço do minério será 28% inferior ao do mesmo período do ano passado, quando ficou em US$ 133 por tonelada, em média. 

Ainda falta pouco menos de dois meses para o trimestre acabar, mas as estimativas dos analistas do setor não são de uma grande mudança na cotação. 

Desde o início do ano, o preço minério de ferro caiu 29%, como consequência do aumento de produção global, principalmente no Brasil e na Austrália. Analistas calculam um adicional de cerca de 180 milhões de toneladas neste ano e 130 milhões de toneladas em 2015. Para as exportações globais deste ano, esperam um aumento de cerca de 15% em relação a 2013. 

Por outro lado, uma queda mais expressiva do preço é limitada pelo alto custo de produção de diversas companhias, principalmente chinesas, que são obrigadas a encerrar suas operações quando o minério fica abaixo de US$ 90 por tonelada. Esse não é o caso das brasileiras, que costumam ter baixos custos e minérios de boas qualidades. 

No caso da Gerdau, a receita de vendas de minério de ferro cresceu em relação ao segundo trimestre do ano passado, mas somente porque a empresa deu início, em setembro, às operações de uma nova unidade em Minas Gerais. A companhia teve uma receita líquida de R$ 216 milhões com mineração, 74% acima do valor obtido um ano antes. Mas a produção cresceu mais do que isso, 89%, o que mostra o efeito do preço mais baixo nas contas das vendas. 

Na comparação com o primeiro trimestre do ano, as receitas da Gerdau com vendas de minério caíram 32% no intervalo de abril a junho deste ano. A companhia teve no período uma margem Ebitda de 24,5% com o negócio de mineração, muito superior às de siderurgia no Brasil e no restante das Américas. A margem Ebitda consolidada fechou em 11,2%. 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou segunda-feira o seu balanço do segundo trimestre. A empresa informou que o volume vendido de produtos acabados de minério de ferro atingiu 7,2 milhões de toneladas, crescimento de 20% em um ano. O Ebitda ajustado da mineração fechou o período em R$ 442 milhões, 11% acima do resultado do mesmo trimestre de 2013, com margem Ebitda ajustada foi de 39%, ante 28% da divisão de siderurgia e 30% do resultado consolidado. (VE)


Extraído => Eco Finanças - 07/08/114

06/08/2014

BHP extrai volume recorde em doze meses.


A BHP Billiton extraiu 225 milhões t de minério de ferro nos últimos doze meses encerrados em julho, 4% a
mais que no período anterior de igual abrangência e um novo volume recorde. A expectativa é que a produção cresça ainda mais no próximo ano.

A BHP informou que manterá suas atenções voltadas para a melhoria de produtividade e venda de ativos considerados não essenciais, quase dois anos após começar a cortar custos e depois de uma década de muitos investimentos. Com o aumento em Pilbara, na Austrália, a projeção para o próximo exercício é de 245 milhões t de minério de ferro.

Marcelo Villela 


Extraído => Brasil Mineral - 06/08/14

04/08/2014

O aço é o material mais sustentável para pontes rodoviárias, diz relatório do governo holandês.

O aço é mais de duas vezes sustentável que outros materiais, quando utilizado para a construção de pontes,
de acordo com um estudo independente realizado em nome do Rijksdienst voor Ondernemend Nederland (uma organização do governo holandês de apoio ao empreendedorismo, com foco na sustentabilidade e inovação).

O estudo - "Análise comparativa do Ciclo de Vida de Pontes '- foi realizado pela consultoria ambiental Beco com os principais tipos de materiais de construção (madeira, concreto, plástico e aço).

O novo estudo analisou a construção de dois tipos de pontes: uma ponte rodoviária e uma ponte para bicicletas. Constatou-se que o aço tem melhor atuação em pontes rodoviárias por causa do baixo impacto ambiental, peso relativamente baixo, bem como as excelentes propriedades de reciclagem de aço. Em comparação com compostos plásticos, uma ponte rodoviária de aço tem uma pegada ambiental 60% menor. A madeira apresenta melhor pontuação para pontes de bicicletas, seguido de aço, concreto e (à distância) de plástico.

Bauke Bonnema, Gerente Geral do Centro de Construção NL no Tata Steel, disse: "O resultado deste estudo é de grande importância para os projetistas e arquitetos, construtoras e responsáveis ​​pela compra de materiais para os projetos. Cada vez mais, a sustentabilidade tornou-se um fator importante na escolha de materiais de construção. Este estudo confirma que o aço é um material extremamente sustentável: duas vezes mais sustentável que os compostos plásticos.

"A maioria das pessoas não percebem que o aço pode ser reciclado infinitamente, sem perda de qualidade, o que significa que ele é usado, mas nunca consumido, porque é reciclado em um circuito fechado que pode continuar para sempre. E mais: aço reciclado pode ser transformado em aço de maior qualidade do que o material original, uma característica única de aço. Madeira e plástico compósitos são queimados no final do seu ciclo de vida e a qualidade menor do concreto faz com que seu uso seja “rebaixado” para sub leito de rodovias ou cascalho.

"Do ponto de vista dos recursos a nossa sociedade deve evoluir para uma economia circular, em que os materiais podem voltar para o ciclo em um processo de circuito fechado. É por isso que este estudo levou em consideração o ciclo de vida completo dos vários materiais, um passo necessário para julgamento equilibrado sobre sustentabilidade relativa de um material. Como material do berço ao berço, o aço permanece sempre como parte do círculo, tornando-se perfeitamente sustentável e em consonância com o apelo da Comissão Europeia para o estabelecimento de uma economia circular que conserve materiais e recursos. "

Hoje aços avançados são extremamente fortes, resultando em estruturas cada vez mais leves. Usando aço, pode-se construir pontes que são de 4 a 8 vezes mais leve do que pontes de concreto. Usando os tipos de aço disponíveis hoje, a quantidade de aço originalmente usada para construir a Torre Eiffel poderia ser usada para a construção de três torres Eiffel.

O novo estudo foi realizado pela consultoria ambiental Beco. A precisão e objetividade dos princípios e projeto foi supervisionado por um comitê composto por especialistas na área de construção e sustentabilidade de Rijksdienst voor Nederland Ondernemend do governo holandês, o Ministério das Infra-estruturas, Bam InfraConsult e consultoria ambiental NIBE. O estudo também foi analisado por especialistas em meio ambiente da Universidade de Amsterdam (IVAM).

Os resultados do estudo pode ser baixado a partir do site do Rijksdienst voor Ondernemend Nederland (em holandês, com um resumo Inglês em páginas 7-11).

Tradução: Roberto Inaba

Extraído => Notícia | Tata Steel - 31/07/14

ArcelorMittal reverte perdas e lucra US$ 52 mi no 2º tri.

A ArcelorMittal registrou um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 52 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo as perdas de US$ 780 milhões no mesmo período do ano passado. No entanto, analistas consultados pela Dow Jones Newswires esperavam um lucro ainda maior, de US$ 373 milhões.
 
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre, a US$ 1,76 bilhão, também ficou abaixo da estimativa de um crescimento para US$ 1,86 bilhão. No segundo trimestre do ano passado, o Ebitda registrado foi de US$ 1,70 bilhão.
 
As vendas da companhia subiram para US$ 20,70 bilhões neste segundo trimestre, comparável a US$ 20,19 bilhões no mesmo período do ano anterior.
 
Contudo, a empresa também cortou projeções para este ano. Estimando um preço do minério de ferro a US$ 105 por tonelada, de US$ 120 por tonelada na estimativa anterior, agora o grupo projeta um Ebitda acima de US$ 7 bilhões para este ano. Anteriormente, a expectativa era por um Ebitda superior a US$ 8 bilhões.
 
O capex (investimento em bens de capital) para este ano é estimado em US$ 3,8 bilhões a US$ 4,0 bilhões, mesmo nível da projeção anterior. A companhia também manteve a estimativa de uma dívida líquida de médio prazo em US$ 15 bilhões e despesas líquidas de juros de aproximadamente US$ 1,6 bilhão.
 
Na unidade do Brasil, a ArcelorMittal registrou um lucro operacional menor, de US$ 305 milhões, comparável a US$ 358 milhões no mesmo período do ano anterior. A produção de aço recuou para 2,382 milhões de toneladas, de 2,561 milhões de toneladas, e as vendas recuaram para US$ 2,431 bilhões, de US$ 2,618 bilhões.

Extraído =>  Agência Estado - 04/08/14

31/07/2014

Economia brasileira não terá recessão em 2014, diz Mantega

 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em uma rápida entrevista aos jornalistas que fazem a cobertura
diária da pasta, afirmou que não haverá recessão na economia brasileira em 2014. Segundo ele, quem faz está avaliação está 'equivocado'.

Mantega afirmou que, com as medidas de liberação do compulsório pelo Banco Central, que permitirão a oferta de mais crédito, o Brasil terá um início de terceiro trimestre com a economia recebendo mais estímulos. O ministro defendeu as medidas do BC, anunciadas na última sexta-feira, e rebateu avaliações de que elas são incoerentes com o processo de combate à inflação. Mantega destacou dados do BC, divulgados hoje, que mostram que a alta do crédito livre está abaixo da taxa de inflação.

Numa defesa da política econômica, Mantega disse que o combate à inflação está sendo 'exitoso' e que o processo de queda dos preços continuará. O ministro afirmou que recebe uma avaliação diária da inflação e que ela está próxima de zero. Ainda segundo ele, se esta avaliação estiver correta, a inflação continuará em 'trajetória decrescente' e vai estar 'confortável' para a economia.

O ministro também argumentou que as medidas do BC não irão exercer pressão sobre os preços. Isso porque, em sua análise, o principal fator de pressão sobre a inflação foi a alta de alimentos, 'que está superada', de acordo com Mantega.

Para o ministro, as ações do BC não são de grande impacto, mas vão colocar 'um pouco de crédito na economia'. 'É preciso um pouco mais de crédito', disse Mantega ao destacar a importância das medidas para a recuperação da economia. O ministro se mostrou confiante de que os bancos irão emprestar esses recursos. 'Se não emprestarem, vão perder'.


Extraído => O Estado de São Paulo - 30/07/2014

30/07/2014

Apesar de pessimistas, empresas brasileiras devem investir mais.

Mesmo preocupadas com entraves logísticos, aumento do custo de energia e incertezas da economia,
cresceu no segundo trimestre o percentual de companhias brasileiras que planeja investir em máquinas e equipamentos e nos próximos 12 meses.

Enquanto 52% das companhias do país estão mais seguras e pretendem investir mais, na média global esse percentual caiu e chegou a 35%. No primeiro trimestre deste ano, eram respectivamente 46% no Brasil e 37% no mundo as companhias que tinham intenção de fazer esse investimento.

O Brasil ficou bem acima da média de 40% dos Brics, o bloco emergente do qual o país faz parte ao lado de Rússia, Índia e China (a África do Sul não está incluída aqui).

Os dados são da consultoria Grant Thornton, que divulga a cada trimestre o IBR (International Business Report) e fornece informações sobre o índice de otimismo, os entraves e as expectativas com a economia doméstica de 10 mil empresas de 35 países.

No Brasil, são 300 empresas de médio porte consultadas, por meio de entrevistas com presidentes, diretores e executivos em cargos de liderança.

Apesar do maior pessimismo no nível de confiança no segundo trimestre, 57% preveem aumento da receita de suas empresas no Brasil. O percentual no país está acima da média global, de 54%.

'As vendas do varejo decresceram, as importações tomam espaço da produção nacional e o período da Copa trouxe queda acentuada à fabricação. O empresário já chegou ao fundo do poço', diz Fernando Pimentel, superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil).

'Portanto, agora se espera uma melhora. E, sem investir, a indústria não sobrevive', complementa o executivo.

Quase seis em cada dez empresas do setor têxtil e de confecção informaram que a produção em junho deste ano ficou abaixo ou muito abaixo do esperado, segundo pesquisa conjuntural da Abit obtida com exclusividade pela Folha.

Para 70% dos fabricantes têxteis, o nível de vendas também ficou menor ou muito menor do esperado.

O levantamento da Abit, realizado em junho, aponta ainda melhora das expectativas de vendas para os próximos 60 dias ­- e corrobora com as informações da consultoria Grant Thornton.

No setor de eletroeletrônicos (inclui fabricantes de material elétrico, de celulares, computadores), as expectativas também são otimistas para este mês e para este semestre na comparação com iguais períodos de 2013.

Sondagem feita com 500 fabricantes do setor mostra que, para o terceiro trimestre do ano, a perspectiva é de expansão das vendas para 56% das empresas consultadas. Percentual semelhante (60%) espera crescimento no segundo semestre deste ano em comparação com igual período do ano anterior.

'As empresas usaram o período da Copa para fazer ajustes na produção, nos estoques e se adequarem ao menor nível de encomendas. Esperam agora um semestre melhor', diz Humberto Barbato, presidente da Abinee.

'Os empresários ainda não jogaram a toalha', afirma o executivo, em alusão ao boxe, em que o gesto de jogar a toalha pela equipe de um pugilista sinaliza sua desistência da luta.

No setor de máquinas, a avaliação não é a mesma. 'Estamos com queda cavalar na produção, um processo de desindustrialização silencioso em curso e sem perspectivas de mudança nesse cenário', diz Carlos Pastoriza, presidente Abimaq, associação que reúne fabricantes de máquinas.

Contratações

Apesar de esperar aumento da demanda e de pretender realizar mais investimentos em máquinas e equipamentos, diminuiu o percentual de empresas que pretende contratar mais funcionários no Brasil nos próximos 12 meses.

O percentual passou de 33% no primeiro trimestre deste ano para 20% no segundo trimestre. Na média dos Bric, ocorreu o inverso: passou de 22% para 43%.

Na média global das economias pesquisadas, também houve aumento do percentual de empresas que planejam ampliar o emprego. Nesse mesmo período foi de 31% para 35%.

'Existem muitas questões estruturais que afetam o dia a dia das empresas e têm impacto no custo, como a burocracia, falta de mão de obra qualificada e reformas que precisam ser feitas e não saem do papel, como a tributária e a trabalhista', diz Artemio Bertholini, presidente da Grant Thornton Brasil.

'Por isso, as empresas utilizam outros recursos, antes de assumir o custo fixo de mais contratações em um cenário de incertezas econômicas', diz.

No setor de eletroeletrônicos, quase um quarto dos fabricantes informaram na sondagem da Abinee que reduziram o nível de emprego em junho. No mês anterior foram 19%. É o maior percentual desde junho de 2013, quando 24% disseram ter reduzido.

No têxtil e na confecção, 1.314 empregos foram fechados no Estado de São Paulo em junho. Esse foi o pior junho desde a crise de 2008, segundo o Sindtêxtil-SP, que estimam fechamento de 5.000 vagas.

Entraves

Entre as preocupações dos empresários brasileiros, estão o aumento do custo com energia e entraves logísticos, de acordo dados da pesquisa da Grant Thornton.

O percentual de companhias apreensivas com aumento de custo de energia passou de 23% para 35% do primeiro para o segundo trimestre deste ano.

Na média dos Brics, esse percentual teve queda de seis pontos percentuais na mesma comparação - foi de 44% para 38% no segundo trimestre deste ano.

'Produzir no Brasil é brochante', diz Pastoriza, da Abimaq, que representa 6.500 empresas no país.

Segundo o levantamento da consultoria, as empresas brasileiras estão mais apreensivas com custo de logística (infraestrutura da área de transporte). Passou de 26% para 32% (do primeiro para o segundo trimestre deste ano) o percentual de empresas que têm preocupação com esse item.

Extraído => Folha de São Paulo

28/07/2014

Vale tem melhor 2º trimestre da história em minério de ferro.

 Mina de minério de ferro da Vale na região de Carajás, no Pará  A produção de minério de ferro da Vale, maior produtora global da commodity, registrou o melhor segundo trimestre de sua história neste ano, supreendendo analistas e dando sustentação para as ações nesta quinta-feira.

De abril a junho, a produção da matéria-prima do aço da mineradora brasileira cresceu 12,6% frente o mesmo período de 2013, para 79,448 milhões de toneladas, com a companhia contando com condições climáticas favoráveis para suas operações e a extração em novas unidades.

'A produção de minério de ferro foi particularmente forte e ultrapassou nossas expectativas', afirmou relatório do Bernstein Research, assinado pelos analistas Paul Gait e Christian Cole, que se decepcionaram com o segmento de não ferrosos, por outro lado.

O número da produção de minério de ferro também ficou acima da estimativa do Citi Research, que havia previsto crescimento de 6%. O resultado, segundo o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, deve ajudar a anular parte dos efeitos da queda do preço do minério de ferro no período - a companhia divulga seu balanço no dia 31 de julho.

Em junho, o minério caiu para uma mínima em mais de 20 meses na China (principal comprador do produto da Vale), segundo o Steel Index. A Vale atribuiu o bom desempenho às melhores condições climáticas e aos ramp-ups da Planta 2, em Carajás (Norte), e da nova planta de Conceição Itabiritos, no Sistema Sudeste.

O resultado, segundo a companhia, aumenta a confiança da companhia em atingir a meta de produção de 312 milhões de toneladas de minério no ano e o objetivo de 321 milhões de toneladas em vendas em 2014. As ações da Vale operavam em alta nesta quinta-feira. As preferenciais subiam 1,5%, às 13h42 e as ordinárias mais de 2% no mesmo horário, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,5%.

No Sistema Norte, onde está Carajás, a maior mina da Vale, a produção alcançou 29,3 milhões de toneladas no período, novo recorde para um segundo trimestre, ficando 33,7% acima do segundo trimestre de 2013. Já o Sistema Sudeste, que compreende os complexos de minas de Itabira, Mariana e Minas Centrais, produziu 26,5 milhões de toneladas no segundo trimestre, 2,5% acima dos primeiros três meses do ano, mas uma pequena queda de 0,9% ante o mesmo período de 2013. O Sistema Sul, que compreende os complexos de minas de Paraopeba, Vargem Grande e Minas Itabirito, produziu 22,3 milhões de toneladas no segundo trimestre, a melhor performance trimestral desde o terceiro trimestre de 2008.

Níquel

Em contrapartida, a produção de níquel caiu 5,2% no segundo trimestre na comparação com um ano antes, atingindo 61,7 mil toneladas. O níquel, em receitas operacionais da companhia, só perde para o minério de ferro e as pelotas. O Bernstein Research destacou que os não ferrosos foram 'amplamente decepcionantes' e a produção de metais básicos ficaram bem abaixo das previsões iniciais da instituição. 'O que confirma nossa visão de que a Vale ainda está lutando para diversificar e reduzir sua exposição ao minério de ferro', afirmou o Bernstein Research.

No trimestre passado, a Vale disse que esteve a 200 toneladas de ser a maior produtora global de níquel. No entanto, a produção do segundo trimestre ficou 8,5% menor ante o período anterior. O analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, ressaltou que, embora o níquel tenha tido resultados menos importantes, foram vendidos a preços em alta durante o trimestre. A redução em níquel foi motivada por um acidente e uma parada programada para manutenção no complexo de Sudbury e na refinaria Clydach, ambos no Canadá, informou a companhia em seu relatório trimestral de produção.

Cobre e carvão

A produção de cobre da Vale no segundo trimestre atingiu 81 mil toneladas, queda de 11,3% ante o mesmo período de 2013, devido à parada planejada em Sudbury, no Canadá. A produção de carvão térmico e metalúrgico caiu 7% no segundo trimestre na comparação anual, atingindo 2,209 milhões de toneladas. Houve, no entanto, alta de 24% ante o primeiro trimestre deste ano. A Vale citou uma melhora do desempenho operacional em operacional de Carborough Downs, na Austrália, e em Moatize, Moçambique, como motivos para a melhoria de produção desde o início do ano. (Reuters)


Extraído => Terra - 28/07/2014