Com a saída das últimas plataformas concluídas pela indústria naval no Município, em dezembro do ano passado, muitos trabalhadores acabaram sendo dispensados. Grande parte acabou migrando para outros setores de atividades, tendo em vista a falta de oportunidades em Rio Grande na área.
Com isso, a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine), esteve totalmente envolvida e sempre acompanha todas as etapas que a indústria naval passa durante a contratação e a dispensa de trabalhadores. As principais funções do FGTAS/Sine é realizar a intermediação de mão-de-obra, dar apoio ao Programa de Geração de Emprego e Renda e fazer o encaminhamento do seguro-desemprego, além de contribuir com as empresas que pretendem realizar contratação.
De acordo com o Coordenador do FGTAS/Sine, Luis Moura, há cerca de cinco meses, o Sine-RG encaminhava aproximadamente 300 pessoas por dia para o preenchimento de vagas de emprego e com a mudança no cenário do mercado de trabalho no Município, o número de contratações caiu consideravelmente. "Há quatro ou cinco meses atrás, nós encaminhávamos muitas pessoas para as vagas de trabalho, principalmente no setor naval. Encaminhávamos de 250 a 300 pessoas por dia. Diariamente atendíamos cerca de 400 pessoas. Com a queda da produção, o número caiu consideravelmente. Hoje atendemos cerca de 150 pessoas diariamente, sendo que a maioria é encaminhada para o setor do comércio. Dos 150 atendimentos diário, 100 são encaminhamentos de entrevistas", destacou.
Moura explicou que após a saída das plataformas, aqueles trabalhadores, que já haviam fixado residência no Rio Grande e não conseguiram um novo emprego, ainda aguardam pela chegada de novas plataformas. "As pessoas que trabalham nas plataformas, geralmente não têm o perfil do comércio. Grande parte dos que ficaram desempregados estão na expectativa pelo recomeço das contratações, que devem começar em outubro ou novembro. Aqueles que estavam desempregados e nos procuraram, a maioria foi encaminhada para as vagas que tínhamos no setor da construção civil. Só que os empregadores da construção civil preferem contratar trabalhadores da própria área, pois, na maioria das vezes, os funcionários do Polo Naval, não ficam muito tempo, somente até o recomeço das contratações da indústria oceânica", ponderou.
Qualificação e vagas
O Coordenador do Sine-RG comentou que muitos trabalhadores qualificaram-se com os cursos do Pronatec, sendo que uma parte foi por meio do encaminhamento obrigatório em função do seguro-desemprego. "Nós qualificamos muita gente de fora. Quando abriram as vagas do Pronatec muitos nos procuraram. Em torno de 20 mil trabalhadores foram formados em Rio Grande pelo Pronatec. Alguns dos que fizeram os cursos foram encaminhados de forma obrigatória para poder ter o direito ao seguro-desemprego", enfatizou.
Sobre as vagas disponíveis atualmente no Sine, Moura disse que elas são atualizadas diariamente e que os trabalhadores devem procurar o órgão diariamente. "As empresas determinam alguns pré-requisitos ou perfil. Quando as vagas surgem, não temos dificuldade de reposição. Geralmente preenchemos no dia mesmo, por isso as vagas são atualizadas diariamente. Todos os dias as vagas são renovadas. Além de vir aqui no Sine, os trabalhadores podem acompanhar as vagas através do site da FGTAS que é atualizado todos os dias", apontou.
Por fim, Luis Moura observou que as empresas interessadas no recrutamento de trabalhadores podem procurar o Sine. "Todas as empresas interessadas em recrutar podem procurar o Sine. Nós disponibilizamos salas e equipes para fazer o recrutamento. Além disso, colocamos todo o aparato, como internet e telefone, à disposição para que a empresa possa realizar os procedimentos necessários", concluiu.
As empresas interessadas podem entrar em contato com o Sine pelo e-mailvagasriogrande@fgtas.rs.gov.br ou pelos telefones 3232.1909 e 3232.6372. O Sine está localizado na rua Marechal Floriano, nº 248 e atende das 8h às 15h30min.
Extraído => Jornal Agora - 08/09/14
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