Desde 2007, a empresa mantém no papel o projeto, que deve consumir investimentos estimados, na ocasião, em R$ 6,2 bilhões. Caso a CSN leve adiante a construção da usina, os valores poderão mudar. Conforme Steinbruch, a discussão atual é sobre a implantação - ou não - de uma usina de longos. Inicialmente, o projeto compreendia também a produção de placas e chapas grossas. A capacidade instalada seria de 4,5 milhões de toneladas/ano de aço bruto, com a geração de 5 mil empregos.
Porém, mesmo que a companhia afirme não ter desistido do empreendimento, a Câmara Municipal de Congonhas aprovou, em maio último, projeto de lei que retorna a área onde seria construída a usina à condição de zona rural, o que pode inviabilizar sua implantação.
Em 2007, o terreno foi considerado área de utilidade pública para implantação de um complexo minero-siderúrgico de aproximadamente 30 quilômetros quadrados. No entanto, o prazo dado à CSN para o início das obras venceu em dezembro de 2012. E como existem cerca de 450 famílias morando no local, que seriam retiradas caso o complexo fosse levado adiante, a prefeitura promoveu a alteração.
Aperam - Já a Aperam South America (antiga Acesita) investirá US$ 17 milhões em sua planta de Timóteo (Vale do Aço), conforme o diretor Comercial da companhia, Frederico Ayres Lima. Os aportes serão feitos na implantação de uma nova linha de aços elétricos. De acordo com o executivo, a empresa passará a produzir o HGO, que compreende o aço elétrico grão superorientado. Atualmente, a siderúrgica produz somente o grão orientado (GO).
Além de agregar valor à produção da Aperam, a nova tecnologia permitirá uma redução nos custos produtivos da usina. Entre as aplicações deste tipo de aço está a fabricação de núcleos de transformadores e motores elétricos e reatores. Apesar disso, o diretor explicou que o projeto não visa à ampliação da capacidade instalada da planta. Atualmente, a usina de Timóteo pode produzir 60 mil toneladas anuais. O projeto foi aprovado em 31 de julho pelo Conselho de Administração da Aperam. Conforme Ayres Lima, em um mês o cronograma de implantação deverá ser definido.
Durante o congresso do IABr, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG) afirmou que a Aperam desistiu de realizar investimentos na expansão da planta do Vale do Aço devido à concorrência desleal com os importados, e disse que a empresa aguarda há três anos a conclusão de um processo antidumping. O diretor da companhia, no entanto, negou que a decisão de postergar algum projeto de expansão tenha ligação com a invasão dos importados e ressaltou que a decisão de investir em expansão depende do mercado.
Rafael Tomaz
Extraído => Diário do Comércio - 13/08/14
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