Nossa motivação.

"Grandes empresas e profissionais compartilham informações, auxiliam-se mutuamente e buscam na sinergia sua força de trabalho. Este espaço destina-se a isso: trocar idéias, tirar dúvidas e fazer "networking". Bem vindos os que tem aço no sangue !"

30/10/2013

Usiminas sai de prejuízo para lucro no 3º trimestre


A empresa de siderurgia Usiminas registrou lucro de R$ 70,5 milhões no terceiro trimestre de 2013, após prejuízo de R$ 143,3 milhões no mesmo período do 2012.


O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa foi de R$ 534,5 milhões nos três meses até setembro, quatro vezes mais que o montante de um ano antes.

A receita líquida da companhia recuou 5,7% nos meses de julho, agosto e setembro deste ano, ante um ano antes, passando de R$ 3,389 bilhões para R$ 3,197 bilhões.

O volume de vendas de aço caiu 10%, para 1,565 milhão de toneladas no terceiro trimestre, enquanto o volume de minério avançou 60%, passando para 1,830 milhão de toneladas, recorde histórico.


Extraído =>  Valor - 30/10/2013

24/10/2013

Distribuidores de aço melhoram humor, mas mantêm cautela.

Distribuidores de aços planos do Brasil melhoraram o humor sobre 2013 após registrarem um forte terceiro trimestre de vendas e volume de estoques normalizado, segundo dados apresentados nesta quarta-feira pela associação que representa o setor, Inda.

A expectativa para o crescimento das vendas passou de até 2,5 por cento para 5 por cento, sem previsão de novos reajustes nos preços praticados pelas usinas siderúrgicas até o final deste ano, afirmou o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

A entidade havia começado o ano com previsão de crescimento de 6 por cento nas vendas, mas em junho havia cortado as expectativas depois de passar por um primeiro semestre em que a comercialização registrou queda de 1,7 por cento sobre o mesmo período de 2012.

'A previsão provavelmente vai se aproximar do número que demos no começo do ano (...) provavelmente vamos chegar a crescimento de 5 por cento nas vendas', disse Loureiro. 'As coisas estão acontecendo mais lento do que se queria no começo, mas estão finalmente acontecendo', acrescentou.

O setor distribuidor representa cerca de 30 por cento das vendas de aço das usinas siderúrgicas do país.

Os distribuidores encerraram setembro com alta anual de 15,8 por cento nas vendas, para 409,6 mil toneladas de aço, o que fez o volume no trimestre alcançar 1,22 milhão de toneladas, 13,6 por cento acima do vendido de julho a setembro de 2012.

Sobre agosto, houve queda de 3,4 por cento nas vendas, mas a expectativa era de recuo de 5 por cento. A entidade estima que as vendas em outubro cresçam cerca de 7 por cento sobre setembro.

Na comparação com o segundo trimestre, os distribuidores venderam 10,9 por cento mais aço plano e no acumulado de janeiro a setembro, o setor teve crescimento de 3,3 por cento, a 3,36 milhões de toneladas.

O produto em destaque em setembro e no terceiro trimestre como um todo foi chapa grossa, com crescimento mensal de 26 por cento e trimestral de quase 40 por cento. O insumo é usado por indústrias como a de máquinas e equipamentos e em projetos de infraestrutura.

Os dados do terceiro trimestre dos distribuidores de aço contrastam com fracos números divulgados até agora sobre o desempenho da economia no período. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), por exemplo, cresceu apenas 0,08 por cento em agosto sobre julho, após contração de 0,34 por cento no mês anterior. O indicador é considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

A discrepância entre o desempenho dos distribuidores de aço e os dados mais gerais da economia, segundo Loureiro, pode ter sido gerada por problemas de estoques reduzidos entre os clientes do setor e deixa o Inda em cautela sobre os próximos meses.

'Estamos receosos em dizer que já passaram os problemas. O trimestre foi muito bom, mas preocupa porque foi fora da tendência da economia', disse ele. 'As montadoras de veículos, por exemplo, estão produzindo mais, mas o estoque também está alto, o que gera preocupação porque pode gerar produção menor de aço lá na frente.' A associação de montadoras de veículos, Anfavea, estimou esta semana que a produção em 2014 vai crescer 5 por cento após expansão de 12 por cento neste ano.

Preços

Depois de reajustes promovidos pelas siderúrgicas ao longo do ano que elevaram os preços de aços planos aos distribuidores no Brasil em 12 por cento, em média, o setor não espera novos reajustes diante da estabilização da queda do real contra o dólar e crescente pressão gerada por excesso de produção ch
inesa.

Em setembro, as importações de aço plano pelo Brasil cresceram 8 por cento sobre um ano antes, para 190,85 mil toneladas, após pico no ano de 211,7 mil toneladas em setembro. Grande parte do volume importado veio da China, apesar de medidas antidumping recentes tomadas pelo governo. Loureiro afirmou que estes volumes provavelmente são resultado de encomendas feitas no começo do ano, quando o dólar ainda estava num patamar de cerca de 1,90 real.

Para o setor automotivo, que representa outros 30 por cento das vendas das usinas siderúrgicas, Loureiro afirmou, porém, que aposta em um reajuste de 'no mínimo um dígito alto' no início do próximo ano.

Montadoras de veículos e siderúrgicas negociam normalmente contratos anuais de fornecimento de aço. O banco Goldman Sachs afirmou em relatório de 11 de outubro que usinas e fabricantes de veículos estavam próximos de acertar acordo para reajuste de 10 por cento nos preços de aço.(Reuters)


Extraído => Fonte: Exame - 24/10/2013

22/10/2013

Produção mundial de aço bruto sobe 6,1% em setembro, aponta Worldsteel

A produção mundial de aço bruto cresceu 6,1% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2012, para 132,547 milhões de toneladas, de acordo com levantamento mensal divulgado pela World Steel Association (Worldsteel), entidade que reúne 65 países produtores. No ano passado, esses países foram responsáveis por 99% da produção global do insumo.

Frente a agosto, quando a produção global do insumo alcançou cerca de 130 milhões de toneladas, houve alta de aproximadamente 2%.

Mais uma vez, a melhora da produção mundial mensal de aço foi puxada pela China. Em setembro, as siderúrgicas chinesas produziram 65,4 milhões de toneladas do insumo, com avanço de 11% frente ao registrado um ano antes. O Japão, por sua vez, produziu 9,3 milhões de toneladas no mês passado, com alta de 5,5%, e a Coreia do Sul registrou retração de 8,7% na mesma base de comparação, para 5,2 milhões de toneladas.

De acordo com a associação, nos Estados Unidos, o volume de aço produzido cresceu 6,3% em setembro, para 7,2 milhões de toneladas. Na Alemanha, a produção subiu 1,4% na mesma base de comparação, para 3,6 milhões de toneladas.

No acumulado dos nove meses do ano até setembro, segundo a Worldsteel, a produção global de aço bruto totalizou 1,186 bilhão de toneladas, uma alta de 2,7% frente ao registrado em igual intervalo de 2012. Somente a Ásia produziu 795,1 milhões de toneladas nos três trimestres de 2013, com crescimento de 5,9% na comparação anual.

A taxa de utilização da capacidade nos 65 países produtores ficou em 79,3% em setembro, 3,4 pontos percentuais acima do registrado no mês imediatamente anterior. Frente a setembro de 2012, houve alta de 2,1 pontos.


Extraído => : Reuters - 22/10/2013

10/10/2013

ArcelorMittal pode retomar alto-forno de Tubarão em 2014.


Alberto Alerigi Jr. 

O grupo siderúrgico ArcelorMittal pode retomar a operação do alto-forno 3 de sua usina de Tubarão, no Espírito Santo, em 2014, afirmou no início da semana, o presidente-executivo da companhia, Lakshmi Mittal.

'Temos todas as intenções de retomar', disse Mittal a jornalistas durante evento do setor em São Paulo.

'Continuamos a investir no Brasil em (aços) longos e planos (...) A planta está em reforma, esperamos que em algum momento do próximo ano a usina esteja pronta, mas depende das condições do mercado', disse o executivo.

O equipamento está parado desde o final de 2012 e produz placas de aço, produto semiacabado voltado para exportação.

Segundo o presidente da ArcelorMittal no Brasil, Benjamin Baptista, a usina de Tubarão é a maior individual em capacidade de produção da companhia no mundo, com 7,5 milhões de toneladas.

Ele afirmou que a intenção da companhia é terminar os trabalhos de reparo do forno em maio, com a decisão sobre a retomada do equipamento, de 2,8 milhões de toneladas de capacidade anual, podendo ser tomada até o início do segundo trimestre do próximo ano.

A usina chegou a exportar 5 milhões de toneladas de aço, mas atualmente tem despachado ao exterior apenas 10 por cento desse volume diante do quadro de excesso de capacidade mundial de aço, que atinge fortemente o segmento de placas.

Baptista disse que a ArcelorMittal Tubarão deve produzir este ano 4,6 milhões de toneladas de aço, das quais 600 mil toneladas serão exportadas e 1,4 milhão serão destinadas à usina do grupo em Santa Catarina, Vega do Sul, mais voltada ao mercado automotivo.

O executivo afirmou que a companhia deve finalizar no quarto trimestre negociações de preços de aço fornecidos a montadoras de veículos do país, mas evitou dar detalhes sobre eventuais reajustes nos preços dos contratos.

Estados Unidos

Mittal evitou fazer comentários sobre aquisições, quando questionado sobre a usina de laminação da ThyssenKrupp nos Estados Unidos.

O executivo afirmou que a economia norte-americana 'quase retornou a níveis pré-crise' e que o setor de veículos está produzindo a plena capacidade nos EUA.

Ele afirmou ainda que as projeções da Worldsteel, associação mundial do setor, sobre o mercado norte-americano estão alinhadas com as projeções da ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo.

A entidade informou mais cedo que espera que o consumo aparente de aço nos EUA cresça 3 por cento em 2014, após uma expansão prevista de 0,7 por cento para este ano, para 96,9 milhões de toneladas.


Extraído => Reuters - 10/10/13

09/10/2013

Usiminas avalia óleo e gás como 'grande oportunidade'.

O setor siderúrgico possui uma grande oportunidade no segmento de óleo e gás, declarou o presidente da Usiminas, Julian Eguren, em congresso organizado pela Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês) nesta terça-feira, 08. Segundo o executivo, nos próximos cinco anos, o setor receberá investimentos de US$ 500 bilhões, somando os aportes de Brasil, Venezuela e México. Eguren também declarou que a Usiminas tem se preparado para atender esse setor, com produtos de maior inovação e tecnologia. 'Por meio da inovação conseguiremos a sustentabilidade que as nossas empresas precisam.'


Extraído = > Estadão - 09/10/13

Excesso de capacidade de aço traz preocupação.

O excedente de capacidade da indústria siderúrgica global esteve no centro das discussões dos executivos das principais fabricantes de aço reunidos ontem, em São Paulo, na Conferência anual da Worldsteel, principal associação que representa o setor. Repetindo reclamações que já vêm fazendo nos últimos meses, os empresários citaram como agravante o aumento da produção chinesa, o alto custo da energia e o fraco crescimento das economias globais, e demonstraram mais preocupações com os países emergentes.

Atualmente, o mundo possui um excedente de capacidade de aproximadamente 540 milhões de toneladas, segundo Albano Chagas Vieira, presidente do conselho do Instituto Aço Brasil e presidente da Votorantim Siderurgia. 'O excesso de capacidade é o maior problema estrutural da indústria siderúrgica hoje', disse Benjamin Baptista, presidente da ArcelorMittal Brasil, que mencionou como complicador o fato de as grandes estatais chinesas continuarem a elevar a produção.

Em uma apresentação que gerou a insatisfação de alguns empresários presentes, o diretor da McKinsey & Company, Sigurd Mareels, disse que a solução do setor é a redução da capacidade em 300 milhões de toneladas. Segundo ele, só assim a indústria siderúrgica poderia ter sustentabilidade. 'Mas o mundo teria hoje capacidade financeira para cortar apenas 100 milhões de toneladas, o que não seria suficiente', afirmou.

Mareels acrescentou que o excesso de capacidade de aço no mundo deve continuar, principalmente na Europa, na China e nos países mais desenvolvidos da Ásia. 'Temos de reavaliar a forma como o setor vai crescer', afirmou. O especialista disse ainda que as empresas do setor deveriam ter margem Ebitda de 17%, mas que hoje o número varia de 7% a 14%.

Alguns dos empresários presentes no evento criticaram a opinião de Mareels e afirmaram que as companhias possuem habilidade para conseguir sustentabilidade mesmo em momentos difíceis. O consenso foi a necessidade de redução no ritmo de aumento de capacidade.

Jorge Gerdau Johhanpeter, presidente do conselho da Gerdau, que estava na plateia como ouvinte, tomou os microfones e criticou o fato de as empresas na Ásia operarem com uma margem Ebitda de 2,5%, o que considerou 'impraticável'. 'O excesso de capacidade significa que foram feitos investimentos sem se pensar no retorno', acrescentou.

Do lado da demanda, as maiores preocupações dos executivos e da Worldsteel estão ligadas ao crescimento dos países emergentes. Hans Jürgen Kerkhoff, presidente do comitê de economia da Worldsteel, frisou que as condições econômicas globais são desafiadoras e que há um enfraquecimento cíclico e estrutural dos emergentes. 'Esses países vão continuar a superar o crescimento dos desenvolvidos, mas em um ritmo muito menor do que o visto nos últimos anos', afirmou.

Apesar das preocupações, a própria Worldsteel ainda prevê crescimento da demanda global por aço. Ela revisou suas projeções para uma estimativa anterior de avanço de 2,9% no consumo para um aumento de 3,1% neste ano, chegando a 1,475 bilhão de toneladas. Para o ano que vem, a previsão é de crescimento de 3,3%, para 1,523 bilhão de toneladas. Na projeção anterior, divulgada em abril, a associação previa uma alta de 3,2%.

Para Alexey Mordashov, presidente da siderúrgica russa Severstal e ex-presidente do conselho da Worldsteel - ele acaba de dar lugar Joon-Yang Chung, presidente da sul-coreana Posco -, a urbanização gera oportunidades de expansão para o mercado de aço. Ele diz que a previsão é de que 2,5 bilhões de pessoas saiam de zonas rurais para as urbanas até 2030.

Na estimativa Worldsteel, a China deve puxar o consumo global de aço com aumento de 6% neste ano, para 700 milhões de toneladas, quase metade da demanda global. Para 2014, a previsão é de desaceleração e um crescimento de 3%, para 721 milhões de toneladas. Segundo Kerkhoff, os esforços do governo para rebalancear a economia chinesa vão contribuir para restringir os investimentos.

A Worldsteel acredita que os EUA resolverão em breve suas questões fiscais e vê uma leve melhora também de outras economias desenvolvidas. A associação prevê um crescimento de 0,7% na demanda americana por aço neste ano, para 97 milhões de toneladas, e de 3% em 2014.

Kerkhoff acrescentou que as economias indiana e brasileira não vêm mostrando um desempenho como era esperado, principalmente por causa de questões estruturais. Para o Brasil, a estimativa da Worldsteel é de crescimento de 3,2% na demanda por aço neste ano, para 26 milhões de toneladas, e de 3,8% em 2014, para 27 milhões de toneladas. O setor de construção, na opinião de Kerkhoff, deverá ser um dos principais impulsionadores da demanda brasileira por aço no ano que vem.


Extraído =>  Valor - 09/10/2013

08/10/2013

Estímulo do Brasil ao consumo de aço deveria ser seguido, diz Pimentel.

Os demais países deveriam seguir o exemplo brasileiro e buscar estimular o consumo do aço. A afirmação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, durante evento organizado pela Worldsteel. “Fizemos estudo para ver como aumentar o consumo do aço no Brasil e todos os governos devem fazer o mesmo”, disse.

Para o ministro, o momento é de preocupação para a indústria do aço e há perspectivas desafiadoras. “Há um excesso de capacidade produtiva, de oferta, no mundo”, lembrou Pimentel.

A crise econômica da europa e a lentidão da economia americana foram apontadas pelo ministro como fatores que fazem com que demanda por aço cresça em uma “velocidade inferior aquela que gostaríamos”.

Segundo Pimentel, a demanda localizada na Ásia, principalmente na China, torna o mercado muito dependente de um único cliente. “Tudo somado, nos da um quadro de preocupação e desafio para enxergarmos o futuro da indústria do aço. Não conseguimos enxergar o futuro se não enxergarmos o desenvolvimento da indústria siderúrgica”, afirmou.

Pimentel ressaltou também que o governo brasileiro tem feito programas para incentivar esse consumo. “No setor destinado ao consumo, o Brasil tem o maior programa habitacional do mundo, com 1 milhão de casas já entregues e 2 milhões contratados”, disse o ministro.

Concessões

O ministro do Desenvolvimento também falou sobre o programa de concessões. Segundo Pimentel, é possível que, em alguns casos, possam haver correções localizadas nos pacotes de concessões, pelo fato de serem pacotes muito grandes. Mas o ministro avalia que o Brasil está na direção correta e ressaltou que não há empecilho na comunicação entre governo e empresários.


Extraído = > Valor - 08/10/13

07/10/2013

Para mineradoras, projeto é intervencionista.

As pressões vão se intensificar este mês na reta final de discussão do novo marco regulatório da mineração na Câmara dos Deputados. Mineradoras, entidades de classe e deputados devem aumentar o tom para tentar ver incluídos pontos de interesse no relatório do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), relator da comissão especial que discute o código da mineração. As novas regras foram enviadas ao Congresso Nacional pelo governo na forma de projeto de lei, o qual tornou-se alvo de críticas por segmentos da indústria.

O governo tem se esforçado em defender o projeto das críticas como a realizada por um grupo de especialistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado. Esse grupo analisou o projeto de lei da mineração e concluiu: '(...) O PL [projeto de lei], em muitos aspectos, nasce mais anacrônico do que o atual Código de Mineração, de 1967, que veio substituir. A proposição deve representar somente o ponto de partida das discussões sobre o novo marco regulatório da mineração e demanda a intervenção intensa do Congresso Nacional para o seu aperfeiçoamento.'

O trabalho não representa a posição oficial do Senado, mas foi considerado como uma referência pelos críticos do projeto. Na análise, os especialistas reconhecem que o projeto apresenta pontos positivos, como a melhora da governança pública no setor mineral, a unificação do título minerário para a pesquisa e a lavra, e a previsão de contratos de concessão mais detalhados quanto às obrigações das empresas de mineração. O texto afirma, porém, que há no projeto um viés intervencionista e centralizador no Executivo que afasta outros atores do centro da tomada de decisões no setor mineral e semeia a insegurança.

O Ministério de Minas e Energia rebateu as acusações: 'A proposta apresentada pelo Poder Executivo não aumenta a intervenção do Estado. O que o novo marco regulatório faz é, por intermédio do controle da entrada das empresas nas áreas mineráveis, aumentar a capacidade de planejamento do Estado em relação à exploração dos recursos minerais brasileiros e tornar, por meio da Agência Nacional de Mineração [ANM], os procedimentos mais transparentes.' Pelo projeto, a ANM vai regular, gerir informações e fiscalizar o setor.

Segundo o ministério, o aumento da capacidade de planejamento do Estado vai garantir maior segurança jurídica e regulatória nas relações entre poder concedente e concessionários, o que fará com que um número maior de agentes privados com comprovada capacidade técnica e econômica tenha acesso a um amplo número de áreas com grande potencial para a atividade mineral. 'O aumento de empresas capacitadas elevará a concorrência no mercado e aumentará a qualidade e a quantidade dos investimentos realizados.'

Elmer Salomão, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), disse que a entidade vai apresentar proposta alternativa, sem desvirtuar o projeto de lei. 'Mas que permita manter a empresa privada como protagonista da exploração mineral.'

'O marco regulatório atual é bom enquanto o novo marco traz preocupações sérias como um intervencionismo forte do Estado, que tira o protagonismo do setor privado. 'Será que o Estado dará a dinâmica que um setor intensivo em capital, como a mineração, precisa?', questiona Jones Belther, diretor de exploração mineral da Votorantim Metais. A Votorantim Metais tem discutido com deputados a possibilidade de aprovar um sistema híbrido segundo o qual áreas com conhecimento geológico maduro seriam licitadas e áreas sem o mesmo volume de informações manteriam o regime de 'prioridade'. O projeto de lei estabelece o fim da 'prioridade', regime válido nos principais países mineradores segundo o qual quem requer primeiro, ganha o título minerário.

Na visão de Belther, bastaria aperfeiçoar o atual marco que é reconhecido, segundo ele, como competitivo. Ele disse que a previsão de investimentos de US$ 75 bilhões no setor mineral brasileiro no período 2012-2016 comprova que o marco atual é bom. O número citado por Belther se refere a uma estimativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que diz não ter como revisar os valores enquanto o novo código não for sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Embora desembolse valores altos, o Brasil ainda é pouco representativo, em termos de investimentos em exploração mineral, em nível global.

Um dos receios é que o novo marco afugente investimentos. Outra preocupação é a segurança jurídica. 'É importante que os direitos de quem investe e produz estejam garantidos no novo código', disse em recente palestra Marcio Luis Silva Godoy, diretor global de exploração e desenvolvimento de projetos minerais da Vale. A Vale diz também que é importante que o novo marco facilite o acesso a quem quer investir e pesquisar novas áreas sob pena de haver uma 'lacuna' na produção mineral no futuro.

O secretário de geologia, mineração e transformação mineral do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira, disse que o novo marco mantém o respeito aos contratos vigentes e disse não ver possibilidade de que as novas regras afugentem investimentos.

Apresentado em junho pela presidente Dilma Rousseff, o projeto de lei da mineração foi enviado ao Congresso em regime de urgência constitucional para tramitação, mas no fim de setembro a urgência foi retirada a partir de um acordo entre o governo e a comissão especial. Pelo acordo, o projeto seria apresentado e votado na comissão até meados deste mês, seguindo depois para votação no plenário da Câmara. Mas a tendência é que o prazo seja estendido. Ainda não está claro se o projeto poderá ser aprovado este mês ou só em novembro antes de seguir para o Senado. Também é difícil de prever se, depois de passar pelo Senado, o projeto poderia ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff ainda este ano ou só em 2014, cenário que parece mais provável.

O deputado Leonardo Quintão acredita que será possível aprovar o projeto nas duas casas do Legislativo em 2013. Ele disse que espera ter uma versão 'pré-pronta' do relatório até o dia 15. 'A prioridade é votar o relatório até o fim do mês', afirmou. O presidente da comissão, deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), disse que a inclusão de novas visitas a Estados para discutir o projeto com a sociedade pode estender em mais de um mês a apresentação do relatório.

Fonte do governo disse que mudanças de marcos em outros setores, como de energia e petróleo, também provocaram inquietações, mas as empresas continuaram a operar. A fonte afirmou ainda que a regulamentação do novo marco da mineração, via decreto, vai se dar depois da aprovação do projeto pelo Congresso.


Extraído =>  Valor

Receita intensifica rigor contra setores suspeitos de fraudes no comércio exterior.


 Karen Valim Silva 

A Receita Federal deu início a duas ações específicas para ampliar o combate a fraudes no comércio exterior. As ações são integrantes da operação permanente Fronteira Blindada e foram deflagradas no início do mês de setembro.

A primeira operação, denominada Operação Nervos de Aço visa combater fraudes em produtos vinculados ao setor siderúrgico, tais como telas, arames, fios etc. Já a segunda ação, recebeu o nome de Operação Fashion e busca combater ilícitos na importação de produtos como bolsas, tecidos para abastecer o setor calçadista e bijuterias.

Nas investigações realizadas pela Receita Federal restou evidenciado que, em diversas transações comerciais os valores declarados foram subfaturados para diminuir a margem de incidência dos tributos devidos. No caso da Operação Fashion há fortes indícios de pirataria de marcas famosas. Há também indícios de falsa declaração de conteúdo e erro da classificação fiscal utilizada visando o pagamento de imposto a menor.

Com as essas operações, a Receita Federal intensifica o rigor na fiscalização do comércio exterior e contribui para a manutenção de um ambiente concorrencial mais saudável, uma vez que há importadores que declaram corretamente esses equipamentos e sofrem concorrência desleal dos fraudadores.


Extraído => A Tribuna

04/10/2013

Barreiras à importação de chapa grossa.


Rafael Tomaz 
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou ontem a aplicação de medidas antidumping às importações de chapas grossas da China, Coreia do Sul, Ucrânia e África do Sul. A medida beneficiará a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas), única fabricante do produto no país, que pediu a investigação.


As medidas serão aplicadas por até cinco anos, de acordo com a Resolução nº 77, publicada ontem no 'Diário Oficial da União'. As sanções se aplicam às importações brasileiras de laminados planos de baixo carbono e baixa liga, provenientes de lingotamento convencional ou contínuo.

As penas compreendem a sobretaxação dos desembarques provenientes dos países que foram investigados. No caso da China a taxa é de US$ 211,56 por tonelada de aço importado.

Já as compras externas de chapas fabricadas pela sul-coreana Posco serão sobretaxadas em US$ 135,08 por tonelada. As demais siderúrgicas da Coreia do Sul serão taxadas em US$ 184,35 por tonelada. A cobrança sobre as importações sul-africanas será de US$ 166,63. Já o aço ucraniano será sobretaxado em US$ 261,79 por tonelada, conforme a resolução.

O pedido de investigação da prática de dumping no mercado brasileiro foi protocolado pela Usiminas em dezembro de 2011, junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Com indícios da prática predatória no país, a investigação foi aberta em maio de 2012.

Em nota, a Usiminas afirma que recebeu a decisão da Camex de forma positiva. 'A empresa considera que a medida é um passo importante para garantir maior isonomia competitiva ao mercado de aço, reforçando o compromisso do governo com o fortalecimento do setor industrial brasileiro, em um contexto de livre concorrência', diz o texto.

Para especialistas, a aplicação do antidumping minimizará, em parte, os efeitos da redução das taxas de importação sobre alguns produtos siderúrgicos. No ano passado, o governo federal elevou a alíquota do Imposto de Importação de 100 produtos, entre eles alguns tipos de aço. Porém, a medida não foi renovada e a cobrança voltou aos patamares normais neste mês.

De acordo com o presidente do Instituto Nacional da Distribuição de Aço (Inda), Carlos Loureiro, a alíquota incidente sobre chapas grossas estava em 25%, em função da medida de 2012 e que estava colaborando para segurar as compras externas. Porém, com o retorno aos índices normais o imposto caiu para 12%.

Além disso, a medida antidumping deverá reduzir os impactos do atual cenário internacional sobre a Usiminas. Conforme Loureiro, os preços da chapa grossa estão extremamente baixos em função de ser o produto com maior capacidade ociosa no mercado global.

Segundo ele, atualmente é possível encontrar chapas sendo comercializadas por preços inferiores aos da bobina a quente, que tem um custo de produção inferior.

O analista da Tendências Consultoria, Bruno Resende, concorda que o antidumping compensará, em parte, o fim das medidas anunciadas no ano passado. Porém, ele ressalta que a variação cambial também irá conter as importações.

Conforme o especialista, o cenário do mercado internacional, que vem registrando sobreoferta, deverá se manter, pelo menos, até o final de 2014. Isto se deve à manutenção da produção chinesa, incentivada pelo governo.

Para o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o antidumping poderá até mesmo abrir espaço para a usina mineira reajustar os preços praticados no mercado interno. Porém, ele afirma que o momento não é propício para realizar novos aumentos.


Extraído => Diário do Comércio  - 04/10/2013

Camex impõe pena antidumping contra importação de chapa grossa.

Alberto Alerigi Jr. 
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aplicar por até cinco anos penas antidumping contra importações de chapas grossas de aço originárias da África do Sul, China, Coreia do Sul e Ucrânia, segundo resolução publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União e que atende em parte pleito da Usiminas.

A penalidade envolve o produto 'laminado plano de baixo carbono e baixa liga (...) de espessura igual ou superior a 4,75 milímetros, podendo variar em função da resistência, e largura igual ou superior a 600 milímetros, independentemente do comprimento (chapas grossas)', segundo texto publicado.

As sobretaxas aplicadas, que variam de 135,08 dólares por tonelada a 261,79 dólares por tonelada, valem para importações de todos os produtores dos países citados.

A resolução, porém, cita que as penalidades não se aplicam para determinados tipos de chapas grossas, como as de aço carbono com requisitos para atender a testes de resistências à corrosão ácida e às voltadas para produção de alguns tipos de tubulações.

A decisão foi tomada após pedido da Usiminas, maior produtora de aços planos do Brasil, junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em dezembro de 2011. O pedido de abertura de investigação incluiu produtos originários também da Austrália e Rússia.

A entidade que representa as siderúrgicas brasileiras, Instituto Aço Brasil (IABr), e a Usiminas não puderam comentar o assunto de imediato.


Extraído => Reuters -  04/10/2013

03/10/2013

Grandes empresas engavetam planos de investimento.


Muitas das grandes empresas brasileiras diminuíram a intenção de investimentos no primeiro semestre de 2013, revela o Índice de Intenção em Investimentos, feito pela consultoria econômica Tendências e obtido com exclusividade por EXAME. No período, foram anunciados 293 investimentos totalizando 208 bilhões de reais. No mesmo período do ano passado, foram 480 anúncios de investimentos, somando 240 bilhões de reais. O índice, que cai desde agosto do ano passado, é calculado a partir desses dois indicadores e não era divulgado desde 2010.


Agronegócio, logística e varejo são os três setores com mais anúncios de investimento – 43, 36 e 35, respectivamente. Em dois deles houve queda. No primeiro semestre de 2012, foram comunicados 81 projetos de investimento no setor de logística e 53 no agronegócio. No varejo, a variação foi positiva – houve 27 anúncios no ano passado.

Eles são captados a partir de notícias divulgadas na imprensa e relatórios de investimentos publicados pelas empresas de capital aberto. Por isso, são um indicador do humor de investimento das grandes empresas.

Em termos proporcionais ao montante em dinheiro de investimentos anunciados, os três setores mais representativos são petróleo (14,8%), transporte (13,3%) e mineração (13%).

“A queda no índice reflete a perda de confiança do setor privado em relação ao governo e ao futuro da economia”, diz o economista Bruno Rezende, um dos responsáveis pelo índice da Tendências. “Sem confiança, o empresário não investe. O projeto fica na gaveta.” De acordo com Rezende, o índice ajuda a antecipar como será o comportamento dos investimentos no futuro.

“Se as empresas não anunciam investimentos, logicamente isso provoca queda nos investimentos futuros', diz Rodrigo Baggi, economista da Tendências que também trabalhou na elaboração do índice.

No final de agosto, o IBGE divulgou os números do PIB do segundo trimestre. Os investimentos foram destaque, com crescimento de 3,6%. Também chamado de formação bruta de capital fixo, a taxa de investimentos cresceu 6% nos seis meses do ano e saiu de 18,1% do PIB no final do ano passado para 18,6% do PIB em junho. Na formação bruta de capital fixo, contudo, são considerados também os investimentos na construção civil, como os do programa Minha Casa, Minha Vida, e os da infraestrutura. Já o Índice de Intenção em Investimentos da Tendências se restringe às comunicações de projetos feitas exclusivamente por empresas.

Humberto Maia Júnior 

Extraído => Exame - 03/10/2013

02/10/2013

CSN está otimista com possível acordo com Namisa.


O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, disse, nesta segunda-feira, 30, que está otimista em relação às discussões travadas entre a siderúrgica e suas sócias asiáticas na Namisa e que a expectativa é de que as partes cheguem a um acordo. A CSN detém 60% da mina.


No fim de 2008, quando vendeu fatia da mina, a CSN recebeu do consórcio asiático US$ 3,08 bilhões por 40% da Namisa. Se a parceria for desfeita, a siderúrgica de Volta Redonda (RJ) terá de devolver o valor corrigido.

Segundo Steinbruch, as discussões em torno do tema ainda estão em curso. O prazo para o exercício da opção de opção de venda tinha como vencimento o mês de julho, mas já foi, segundo o executivo, estendido até o fim de outubro e deverá ter seu prazo ampliado mais uma vez. Questionado, o presidente da CSN não deu uma nova data para o vencimento dessa opção.

A opção de venda é um item previsto no acordo de acionista assinado na época do negócio. A opção pode ser utilizada, caso sejam descumpridas determinadas obrigações, assim como prazos acertados, chegando a uma situação de 'impasse extremo'.

'(entrar na) Justiça é sempre a última coisa', disse o presidente da CSN. Steinbruch afirmou que são diversas questões que envolvem as tratativas entre a CSN e o consórcio e que não é 'apenas uma questão de investimentos na mina'. 'Tem um monte de implicações: societárias, administrativas, comerciais, industriais, de investimentos', afirmou.

'Nós queremos que o caso seja resolvido. É uma mudança de rumo (da Namisa). É uma associação para se criar a terceira mineradora de minério de ferro do mundo', disse o executivo. A intenção da CSN é unir os seus ativos de mineração, reunindo em uma única empresa a mina Casa de Pedra e Namisa.

A Itochu, com 22% da Namisa, é a líder do consórcio asiático sócio da Namisa, que conta com as siderúrgicas japonesas JFE Steel, Kobe Steel e Nisshin Steel, a sul-coreana Posco e a taiwanesa China Steel Corp.


Extraído =>  Agência Estado - 02/10/2013

01/10/2013

Novas regras antidumping passam a valer hoje.


As novas regras para investigações antidumping passam a valer hoje (1º Outubro), quando entra em vigor o Decreto 8.058/2013, publicado no dia 29 de julho e que regulamenta o tema. O procedimento antidumping é usado quando um país comprova que o exportador fixa preços muito abaixo dos valores de mercado do país importador para eliminar a concorrência.


Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com a nova regra passa a ser obrigatória uma conclusão provisória sobre a existência do dumping, do dano e do nexo de causalidade. Poderão ser aplicados direitos provisórios antidumping para proteger a indústria doméstica durante a investigação.

De acordo com o ministério, o objetivo é assegurar que as determinações preliminares sejam feitas no prazo médio de 120 dias após o início da investigação. Atualmente, a realização de determinações preliminares não é obrigatória e o prazo médio é 240 dias.

A nova legislação estabelece ainda prazo máximo de 60 dias para a análise de uma petição. No entanto, nos casos em que não haja necessidade de pedidos de informações adicionais e em que haja evidências de dumping, de dano e de nexo de causalidade, as investigações poderão ser iniciadas entre 15 e 30 dias da data de seu protocolo.

O novo marco normativo substitui o Decreto 1.602/1995. Para o ministério, a nova legislação, somada ao reforço na equipe de investigadores, aprovados recentemente em concurso público, deverá reduzir o prazo médio das investigações, conforme estabelecido no Plano Brasil Maior. (Edição de Talita Cavalcante)


Extraído => Agência Brasil - 01/10/2013

Novas regras da mineração devem valer só em 2015.

O novo marco regulatório para o setor de mineração não deve produzir efeitos práticos no atual governo de Dilma Rousseff. Considerada uma das reformas mais importantes pelo Palácio do Planalto, a mudança do Código de Mineração desejada pela presidente deve sofrer alterações nas próximas semanas no Congresso e fontes do governo já admitiram que as novas regras só entrarão em funcionamento plenamente em 2015.

O atual arcabouço de normas para a mineração está em vigor desde 1967, e sua atualização está em discussão no governo federal há quase seis anos. Somente em junho deste ano o Planalto submeteu o texto do novo código ao Congresso, mas optou por um projeto de lei, em vez de uma medida provisória. Entre as mudanças está a forma de licitação de blocos de minas e jazidas ao setor privado aos moldes do setor de petróleo e gás natural e o aumento dos royalties pagos pelos mineradores - um dos pontos mais criticados por representantes do setor. Em junho, o Planalto submeteu o texto do novo código ao Congresso, mas optou por um projeto de lei, em vez de uma medida provisória.

A ideia inicial era de que os primeiros leilões sob as novas regras já começassem no segundo semestre, mas este calendário foi descartado com a demora em aprovar o novo texto. No dia 23 de setembro a presidente retirou o regime de urgência da proposta para destravar a pauta de votações da Câmara dos Deputados. A expectativa do governo é que o projeto, que tramita em comissão especial, seja votado em 15 de outubro.

'Na prática, na minha opinião, acabaram as chances de a reforma ser votada ainda este ano', disse ao site de VEJA o advogado especialista em mineração Affonso Aurino Barros da Cunha, sócio do escritório Siqueira Castro Advogados. 'Por um lado, mantém-se a lei atual, que todos já conhecem, o que tem seu lado positivo. Por outro, o país perde credibilidade, porque essa reforma vem se protelando há anos.' Para ele o pior cenário seria se o governo retirasse o pedido de urgência e mantivesse a suspensão da concessão de alvarás. 'Essa suspensão era que causava demissões, principalmente nas empresas técnicas de sondagem. Mas o governo já havia voltado a emitir os alvarás', comenta.

Travado - Um dos setores mais importantes da economia não vive dias de glória na gestão de Dilma, que foi ministra de Minas e Energia de 2003 a 2005. Entre outubro de 2011 e abril de 2013, o governo praticamente suspendeu a liberação de títulos de lavra às mineradoras, paralisando o setor e levando a milhares de demissões e fechamento de empresas. São esses documentos que permitem às empresas explorar comercialmente as minas.

'Ninguém entendeu, até agora, por que foi tomada a decisão de suspender as lavras. Isso começou a ser normalizado em abril, mas foi um verdadeiro contrassenso, porque a presidente defendia a ampliação dos investimentos na economia ao mesmo tempo em que represava as mineradoras', disse Marcelo Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Por causa da suspensão das lavras e a lentidão para se aprovar o novo código de mineração, o Ibram avalia que a estimativa de investimentos totais do setor de 75 bilhões de dólares entre 2012 e 2016 seja revista para baixo.


Extraído =>  Estadão - 01/10/2013

CSN perde 1ª disputa contra Ternium sobre 'tag along' de ações da Usiminas.

A CSN (CSNA3) perdeu a ação que movia na Justiça contra a argentina Ternium, exigindo o pagamento de 'tag along' (direito dos outros acionistas de receber um percentual do valor pago pelas ações dos controladores em caso de venda do controle da empresa) a respeito de negociações entre os principais acionistas da Usiminas (USIM3, USIM5), em 2011.

Enquanto a CSN alegava que a compra da fatia da Usiminas pela Ternium modificava o quadro político da companhia, o que garantiria o pagamento do tag along, a empresa argentina defendia-se dizendo que a siderúrgica brasileira buscava 'minimizar o prejuízo sofrido em virtude de sua frustrada tentativa de adquirir o controle da Usiminas'.

Em primeira instância, o juiz Sérgio Noboru Sakagawa considerou que a operação resultou em 'uma alienação de controle parcial', com a transferência de parte do controle da empresa, não de sua totalidade, o que desobriga a Ternium de pagar o tag along.

Entenda o caso

Em 2011, a CSN pretendia adquirir parte do controle da siderúrgica, mas com a recusa por parte dos controladores, passou a comprar ativos da Usiminas no mercado - a companhia chegou a deter 14,3% de USIM3 e 20,69% de USIM5 através destas aquisições. Apesar da tentativa da CSN, a participação detida em conjunto pelo Votorantim e a Camargo Correa foi vendida para Ternium.

Segundo a legislação brasileira, ao mudar o controle de uma companhia aberta, os investidores minoritários têm direito a vender suas ações para o novo controlador, com percentual do pago para ingressar no controle. No caso da Usiminas, seria de 80%. No entanto, as autoridades consideraram que o controle não foi alterado, uma vez que a japonesa Nippon Steel continuou sendo a acionista majoritária, apesar da forte participação da Ternium.

Na época, as ações ordinárias da Usiminas se descolaram drasticamente das preferenciais, diante da expectativa do mercado de que esse tag along fosse pago para os detentores de USIM3. Com a não obrigatoriedade de pagar o tag along, esses papéis despencaram, com investidores desfazendo-se de posições ao saber que não receberiam o adicional, voltando a andar alinhados aos ativos PNA. (InfoMoney)


Extraído: Portal Soma -  30/09/2013