A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) investirá até R$ 800 milhões no aproveitamento dos rejeitos de minério de ferro em suas jazidas em Minas Gerais, conforme o diretor de área Mineral da empresa, Daniel dos Santos. Os aportes acrescentarão cerca de 5 milhões de toneladas anuais à produção do grupo, e foram viabilizados pela demanda chinesa e pela evolução dos preços do insumo siderúrgico no mercado internacional.
Os investimentos serão feitos na mina Casa de Pedra e na Nacional Minérios S/A (Namisa), ambas em Congonhas (Campo das Vertentes). Cada complexo receberá inversões entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. De acordo com Santos, com o reaproveitamento dos finos de minério depositados nas barragens, a companhia aumentará em aproximadamente 5 milhões de toneladas sua produção anual.
Conforme o executivo, o projeto já está em fase avançada de engenharia. 'Estamos iniciando o processo de contratação das obras', afirmou Santos. Além disso, os equipamentos necessários para a produção nos dois projetos já foram adquiridos pela CSN.
De acordo com o diretor, grande parte da terraplanagem para o reaproveitamento já foi realizada. Atualmente, a companhia está fazendo a concorrência para a construção e montagem eletromecânica.
Para Santos, o reaproveitamento é uma forma de eliminar o passivo gerado com os rejeitos da produção nas duas jazidas. 'Você vai retornar este material para um processo simples de concentração e transformá-lo em um produto nobre', afirmou.
Ele lembrou que a mina Casa de Pedra, por exemplo, vem estocando rejeitos ao longo de 100 anos de operação. O complexo é o mais antigo, no segmento minério de ferro, ainda em operação no Brasil.
Apesar de estar há um século em operação, a mina Casa de Pedra vem aumentando sua produção. Até 2014, o complexo minerário deverá alcançar a capacidade instalada de 40 milhões de toneladas de minério/ano.
A companhia estima que investirá mais R$ 570 milhões na área mineral neste semestre. Os recursos serão aplicados em Casa de Pedra e na Namisa, além do terminal portuário da CSN em Itaguaí, no litoral fluminense.
Além dos aportes em reaproveitamento de finos de minério, Santos informou que a empresa poderá aproveitar itabiritos pobres. Segundo ele, os projetos para Casa de Pedra são de longo prazo e, além de ampliação, compreendem a substituição da capacidade.
Extraído => Diário do Comércio - 24/09/2013
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